Novas estações GIRA começam a chegar à rua na próxima semana

Fotografia cortesia de Rodrigo Cabrita/EMEL

A expansão da rede de bicicletas partilhadas de Lisboa, a GIRA, começará a ser visível a partir da próxima semana, com a instalação de novas estações. O processo, que envolve 30 novas estações, que poderá prolongar-se por quatro semanas. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo jornal Mensagem, que visitou as oficinas da GIRA no Cabo Ruivo.

Conforme já tinha sido anunciado, estas 30 novas estações serão instaladas na Avenida Almirante de Reis e nas Olivais e Lumiar, onde foi ou está a ser criada infraestrutura ciclável. De acordo com a Mensagem, as novas estações não vão ficar operacionais tão cedo, uma vez que, depois de instaladas no terreno, ainda existem ligações eléctricas que precisam de ser feitas e outros passos a seguir. A expectativa da EMEL é abrir essas estações durante o Verão.

Entretanto, em Abril, deverão ser abertas algumas das estações instaladas há muito tempo e que nunca chegaram a ser activadas: quatro na Cidade Universitária e três na frente ribeirinha, conforme avança também a Mensagem.

O jornal adianta ainda que está previsto um total de 80 novas estações da GIRA para este ano, sendo que as 50 estações que integram a segunda fase vão ser instaladas na ligação ciclável entre a baixa e Algés (aproveitando a futura ciclovia da Avenida da Índia), entre as Avenidas Novas e Campolide e entre as Amoreiras e Campo de Ourique. Benfica, São Domingos de Benfica, Carnide, Sete Rios e Praça de Espanha também estão na lista.

Dois concursos para novas bicicletas

A EMEL, que passou a gerir o sistema GIRA sozinha depois da falência da Órbita, tem um concurso público fechado e outro a decorrer para a aquisição de novas bicicletas para reforçar a oferta na rua; em números redondos e segundo a Mensagem, o serviço conta neste momento com cerca de 500 bicicletas em serviço e 300 em reparação.

Numa primeira fase, estão a chegar 730 novas bicicletas eléctricas às mãos da EMEL, entregues pelo consórcio formado pelo MEO e pela Soltráfego. Estas novas bicicletas são idênticas às anteriores; trazem um cesto frontal reforçado, melhor protecção contra furtos, suporte para que os utilizadores possam adicionar uma cadeirinha de criança (que poderá ser encomendada à EMEL) e ainda um cadeado que, através da app da GIRA (que está a ser melhorada), bloqueará a roda traseira para permitir paragens rápidas – o vereador da mobilidade, Miguel Gaspar, mostrou recentemente este cadeado na TVI.

Numa segunda fase, vão ser adicionadas faseadamente mais 1500 a 2000 bicicletas, que serão todas eléctricas também. O concurso público para esse efeito ainda está a decorrer, encontrando-se em fase de análise das propostas; o número de bicicletas contratadas dependerá do valor unitário definido pelo vencedor do concurso. Este concurso teve de ser lançado duas vezes, depois de na primeira tentativa o processo ter sido interrompido por nenhuma das propostas cumprir todas as exigências requeridas pela EMEL.

Conforme explicou Bruno Vasconcelos Maia, responsável pela gestão dos sistemas de mobilidade da EMEL, à Mensagem, apesar de as 730 novas bicicletas serem parecidas com as actuais GIRA, não quer dizer que seja assim daqui para a frente: “Gostamos de assumir que a Gira é como se fosse a Carris das bicicletas. Da mesma forma que a Carris compra autocarros novos diferentes, de fabricantes diferentes, no final aparecem todos pintados de amarelo.” Todas as bicicletas usarão, no então, o mesmo sistema de ancoragem, que é propriedade da EMEL, e que garante a compatibilidade dos veículos com as docas.

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