Outrora desaproveitadas, as traseiras da Biblioteca Nacional são agora um amplo espaço de lazer e estadia. De acesso livre em qualquer altura do ano, o novo jardim recupera o que em tempos já tinha sido uma área verde mas que as obras de ampliação e remodelação da torre de depósitos, realizadas entre 2008 e 2012, tinham transformado num estaleiro.
A obra foi possível com financiamento da Câmara Municipal no âmbito da iniciativa Lisboa Capital Verde Europeia 2020, e esteve a cargo do arquitecto paisagista João Ceregeiro, que procurou “corresponder ao espírito do projecto original”., como explica a Biblioteca Nacional en un comunicado de prensa. Ainda a decorrer, a obra já fez renascer o jardim com a plantação de novas árvores, arbustos e herbáceas de cobertura, a semeadura de um relvado e de área de prado, um novo sistema de rega, a recuperação de caminhos pedonais, a introdução de mobiliário urbano e a abertura de um acesso pedonal pela Av. Prof. Aníbal Bettencourt, para facilitar a entrada directa naquela zona do jardim.
Foi ainda introduzido um lago naturalizado na zona sul, frente à Sala de Leitura Geral, previsto pelo arquitecto paisagista António Facco Viana Barreto (1924-2012) no projecto de execução original, datado de 1964, e que não chegou a ser concretizado.
A obra do jardim já está concluída mas ainda faltam alguns pormenores na Biblioteca Nacional, como a eliminação dos pavilhões pré-fabricados construídos em finais de 1970 e a construção de novos estacionamentos a norte, na zona de serviço.