
É nos Olivais que a Câmara de Lisboa está a estrear um novo tipo de ecoponto. De cor castanha, destina-se a resíduos orgânicos que podem ser decompostos. Segundo a autarquia, só em 2017 foram recolhidas diariamente em Lisboa mais de 600 toneladas de lixo comum, das quais 40% de biodegradáveis, encaminhados para incineração. A ideia é reverter este processo na origem, criando infraestrutura que incentive à separação do lixo doméstico para compostagem.
A compostagem é um processo de tratamento de lixo que permite dar uma nova vida a resíduos orgânicos através da sua decomposição em terra. Para tal, é necessário separar o lixo em casa, tal como já fazemos com o plástico/metal, o vidro e o papel. A compostagem pode ser feita na própria casa – numa varanda ou num pátio, por exemplo – com um compostor doméstico ou pode ser assegurada pelos serviços de recolha de resíduos da cidade.
A Câmara tem vindo a oferecer compostores domésticos, através do programa Lisboa A Compostar, lançado em Maio de 2018, mas está agora a apostar também na disponibilização de infra-estrutura de compostagem na cidade. Nos Olivais, são agora cinco as novas ecoilhas subterrâneas que além dos três ecopontos habituais – amarelo, verde e azul – passa a ter um quarto – castanho –, destinado a resíduos orgânicos.

Trata-se de um projecto-piloto que deverá ser alargado a toda a cidade até 2023. Se os Olivais têm as primeiras ecoilhas com ecoponto castanho, o Lumiar, Santa Clara e a Alta de Lisboa contam desde o final de 2019 com recolha porta a porta de resíduos orgânicos. O plano é também alargar esta prática a toda a cidade até 2023.
“Todos os restos de comida, crus ou cozinhados, como legumes, fruta, peixe ou carne, e também saquetas de chá e guardanapos devem ser depositados no contentor castanho. A reciclagem destes biorresíduos permite a produção de composto para a agricultura”, explica a Câmara de Lisboa.