
Estima-se que uma grande parte dos resíduos domésticos produzidos na cidade possam ser decompostos em “terra” e reutilizados como fertilizantes orgânicos para um jardim ou horta urbana, em vez de remetidos para incineração como o restante lixo. A compostagem permite, assim, reduzir a quantidade de desperdício que necessita de transporte e tratamento, mas também evitar a compra e uso de adubos e fertilizantes artificiais.
Lisboa prevê alargar, até 2023, a compostagem a toda a cidade através de um novo ecoponto castanho nas ecoilhas mas também da recolha selectiva porta-a-porta. Uma outra peça neste jogo são os compostadores comunitários – já existiam cinco na cidade, agora há mais 10, localizados nos jardins municipais das freguesias de Arroios, Alcântara, Parque das Nações, Marvila, Estrela, Alvalade, Avenidas Novas, Benfica, Carnide e São Domingos de Benfica.

Os compostadores estão em espaço público mas fechados à chave, uma vez que é preciso garantir que o seu uso é respeitado. Para ter uma chave, é preciso participar numa formação gratuita sobre as regras da compostagem e de funcionamento deste novo processo de reutilização. Os interessados devem inscrever-se no site Lisboa a Compostar.
No final do processo de compostagem, o composto que resultar dos compostadores comunitários – geridos entre a Câmara e as Juntas de Freguesia – é distribuído por todos os participantes e utilizado como fertilizante nos espaços verdes da cidade, permitindo reduzir os resíduos produzidos e fomentar a economia circular. Em Lisboa são quatro mil as pessoas que fazem actualmente compostagem de resíduos orgânicos.
