Foi assinado o contrato de aquisição de 15 eléctricos articulados para servir a carreira 15E, permitindo o reforço da oferta nessa linha e o seu futuro alargamento até pelo menos Santa Apolónia, de um lado da cidade, e até à Cruz Quebrada, do outro lado. A assinatura do contrato dá-se com atraso, dois anos após o lançamento do concurso público, pelo que as pessoas só deverão ver os primeiros eléctricos novos nas rua em 2023.
Os 15 eléctricos articulados estão a ser adquiridos à espanhola CAF, num investimento de 43,4 milhões de euros. Segundo o jornal Público, o processo atrasou-se devido a impugnações judiciais que outras empresas que concorreram apresentaram; falta ainda o visto prévio do Tribunal de Contas para que a CAF possa começar a construir os novos eléctricos. En una declaración, a Carris diz que o contrato (que não foi divulgado) prevê que o primeiro veículo seja entregue 22 meses após o início do mesmo e os restantes 14 nos nove meses seguintes.
A Câmara de Lisboa, que gere a Carris há quatro anos, tem planos grandes e ambiciosos para a carreira 15E, que actualmente opera entre a Praça da Figueira e Algés. Do lado da baixa pombalina, o plano é prolongá-la até Santa Apolónia e depois levá-la até ao Parque das Nações e a Sacavém. No entanto, o prolongamento até Santa Apolónia, que era apontado para este ano de 2021, está dependente de uma obra de drenagem precisamente em Santa Apolónia – que, por sua vez, está impugnada judicialmente, tendo o contrato ainda não sido adjudicado, conforme explica o Público. No entanto, já existe infraestrutura no renovado Campo das Cebolas a pensar nessa extensão da linha 15E.
Já no lado de Algés, a ideia passa por levar o 15E à Cruz Quebrada, o que se torna mais fácil por já existirem carris e catenárias – este prolongamento também tinha sido apontado para este ano. O alargamento do 15E para os limites de Lisboa, entrando levemente nos concelhos de Loures e de Oeiras, permitirá criar um corredor de eléctrico ao longo do rio, interligado com a futura LIOS – Linha Intermodal Ocidental Sustentável, da qual o 15E poderá fazer parte.
Os novos eléctricos articulados, que têm uma lotação para 221 pessoas e que conseguem circular até 70km/h, vão permitir primeiro reforçar a actual oferta da carreira 15E, onde a Carris tinha vindo a usar autocarros para resolver a falta de material circulante perante a procura que se registava nos tempos pré-pandemia.
Mais 30 autocarros eléctricos
Depois de ter electrificado a carreira 706 com 15 veículos movidos a energia eléctrica, a Carris prepara-se para adquirir mais 30 autocarros eléctricos. O concurso público, lançado nesta quarta-feira, 21 de Abril, prevê que o primeiro autocarro chegue em Novembro deste ano e que os restantes sejam entregues ao longo do próximo ano.
A Carris prevê um investimento de 15,6 milhões de euros nos 30 autocarros (que serão autocarros “normais” com cerca de 12 metros de comprimento), o que se traduz em 520 mil euros por autocarro. No mesmo contrato, a transportadora procura ainda 16 postos de carregamento duplo por um milhão de euros e a manutenção durante 16 anos desses mesmos postos por um valor base de 160 mil euros.
