O estacionamento em cima do passeio na Avenida Almirante Gago Coutinho mantém-se mas agora devidamente reorganizado, de forma a manter um canal pedonal amplo e contínuo naquela artéria. Ainda assim, falta ainda educar todos os condutores para evitar a tentação do estacionamento abusivo. No início de 2022, avançam as obras definitivas.
A Avenida Almirante Gago Coutinho tornou-se intransitável a pé, com uma situação de estacionamento automóvel autorizado mas desregulado em cima dos passeios, que se prolongou durante anos. Com o intuito de por fim solucionar o problema, a EMEL e a Junta de Freguesia de Alvalade avançaram no início de Abril com a marcação de lugares longitudinais entre as árvores, marcando-os na calçada com tinta amarela.
A cor escolhida sugere tratar-se de uma intervenção temporária. Contactada pelo Lisboa Para Pessoas, a EMEL explica que a requalificação de fundo da Avenida Almirante Gago Coutinho, com a marcação definitiva de lugares de estacionamento e a construção de ciclovia, está prevista para o início de 2022. Por agora, avançou-se com uma parte fundamental do processo: a tarifação de todo a avenida (que se mantinha dos poucos locais onde se podia estacionar sem pagar), libertando os passeios e ao mesmo tempo lugares para residentes e visitantes (com o fim do estacionamento oportunístico).
Numa passagem pela Gago Coutinho na última semana, o Lisboa Para Pessoas constatou que, apesar das melhorias, o estacionamento abusivo ainda se mantinha em algumas partes da avenida – nomeadamente onde a pressão é maior (junto ao Areeiro e à rotunda do relógio) –, bloqueando o canal pedonal. Apesar de o estacionamento ter começado a ser taxado a 17 de Maio, a EMEL optou por estabelecer um período de transição nas últimas duas semanas, permitindo que os condutores se pudessem ir adaptando às novas regras.
A empresa responsável pelo estacionamento na cidade explica que, no início de Abril e a meio de Maio, realizou duas campanhas de sensibilização no local e nas imediações, “através de informação colocada nas caixas de correio e na zona de intervenção”. Nas duas campanhas, que tiveram moldes semelhantes, explicava-se que o “objectivo da intervenção era o melhoramento da zona pedonal e o reordenamento do estacionamento, e era aconselhado, em alternativa, o estacionamento no Parque Manuel Gouveia ou nas zonas de bilhete diário existentes nas proximidades”. O trabalho da EMEL na Avenida Almirante Gago Coutinho passa agora pela “essencial fiscalização, por forma a garantir o devido cumprimento das regras de civilidade e maior segurança para todas as pessoas”.
Questionada sobre a possibilidade de colocar pilaretes ou floreiras enquanto a intervenção final não avança, para bloquear a tentação de estacionar em espinha, a EMEL remeteu uma eventual decisão para a Câmara Municipal ou Junta de Freguesia de Alvalade.
