Além de Lisboa, só Loures, Vila Franca de Xira, Sintra e Cascais decidiram candidatar-se ao programa europeu que irá seleccionar 100 cidades para, com financiamento público e privado, se tornarem neutras em carbono até 2030.

Além de Lisboa, só Loures, Vila Franca de Xira, Sintra e Cascais decidiram candidatar-se ao programa europeu que irá seleccionar 100 cidades para servirem de piloto ao nível da neutralidade carbónica até 2030. A nível internacional, o programa Missão Cidades atraiu 377 candidaturas, das quais 362 foram consideradas elegíveis numa primeira triagem.
Lisboa, Sintra, Cascais Loures e Vila Franca de Xira podem ser os únicos municípios da Área Metropolitana de Lisboa (que abrange 18 concelhos) na corrida ao programa europeu, mas a nível nacional existem mais 12 cidades interessadas. A saber: Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Guimarães, Viana do Castelo, Famalicão e Valongo a norte; Coimbra, Figueira da Foz, Tomar e Abrantes na zona centro, e ainda Torres Vedras na região oeste.
Uma nota para referir que Tomar e Abrantes se candidataram em conjunto para somarem o mínimo de 50 mil habitantes exigido. Candidaturas conjuntas foram feitas também por duas Comunidades Intermunicipais, a da Região de Coimbra e a da Região do Oeste – apesar de os municípios de Coimbra e de Torres Vedras (que pertence à Região Oeste) terem decidido fazer candidaturas individuais também, segundo escreve o jornal Público.
Somando as candidaturas individuais e conjuntas, Portugal soma 18 candidaturas. De Itália chegam 26 interessados, da Alemanha 30, de Espanha 24, de França 23, da Turquia 22 e da Grécia também 18 – foram estes os países que mais contribuíram para o total de 262 candidaturas considerada elegíveis, informa o Público. Matthew Baldwin, director-adjunto da Direcção-Geral de Mobilidade da União Europeia, é o responsável por este programa e, numa apresentação da iniciativa em Outubro, tinha dito que as 100 cidades escolhidas vão ter acesso a 360 milhões de euros directamente financiados pelo fundo Horizonte Europa e integrarão uma rede com outros participantes que lhes permitirá aceder a outras fontes de financiamento públicas (europeias) e privadas, conforme explica o mesmo jornal.
As 100 cidades que participarão neste programa vão ser cidades-piloto no que toca à neutralidade carbónica mas também a soluções inteligentes num horizonte temporal de menos de uma década (até 2030), antecipando em 20 anos as metas climáticas da UE.