A Linha Amarela será a segunda linha do Metro de Lisboa acessível a todas as pessoas, depois da Linha Vermelha, que foi dotada de origem com acessibilidade plena.
Picoas e Campo Pequeno, na Linha Amarela, e Campo Grande, nas Linhas Verde e Amarela, podem ser as próximas estações do Metro de Lisboa a ganhar acessibilidade plena. A empresa concluiu duas consultas prévias com vista à elaboração dos projectos de acessibilidades para estas três estações, no valor global de cerca de 100 mil euros.
Uma vez prontos os projectos, podem ser lançados os concursos públicos que permitam a execução das obras para dotar as estações em causa de elevadores e de outros equipamentos que garantam o acesso de todas as pessoas.
O Metro de Lisboa conta, neste momento, com 43 das suas 56 estações acessíveis, isto é, onde existem elevadores entre cada um dos cais e o átrio da estação e entre este e o exterior, permitindo que uma pessoa de cadeira de rodas, alguém com um carrinho de bebé ou mesmo um passageiro com uma bicicleta possa entrar e sair do Metro sem barreiras. As estações acessíveis correspondem, neste momento, a 76,8% da totalidade das estações da rede.
O objectivo do Metro é ter 54 estações dotadas de acessibilidade plena (sem barreiras) até 2025, número no qual se incluem já as duas futuras estações da rede – Estrela e Santos. Assim, e além de Picoas, Campo Pequeno e Campo Grande, o Metro de Lisboa prevê intervencionar as seguintes oito estações: Intendente, Anjos e Martim Moniz, na Linha Verde; e Alto dos Moinhos, Laranjeiras, Jardim Zoológico, Praça de Espanha e Avenida, na Linha Azul. As estações Baixa-Chiado (Linhas Verde e Azul) e Parque (Linha Azul), pela sua profundidade e consequente complexidade, deverão ser as últimas a ganhar acessibilidade plena.
Todas estas são estações mais antigas, que não foram originariamente projectadas com vista à acessibilidade de todas as pessoas, nomeadamente as com mobilidade condicionada. Com a adaptação de Picoas, Campo Pequeno e Campo Grande, a Linha Amarela tornar-se-á a segunda linha do Metro de Lisboa acessível a todas as pessoas, depois da Linha Vermelha, que fora concebida já a pensar no direito de todas as pessoas ao transporte público. Em 2022, ficou concluída a intervenção nas estações de Entre Campos e Ciudad Universitaria, na Linha Amarela, que passaram a estar dotadas de elevadores.
Cada obra para dotar uma estação de acessibilidade plena custa cerca de 1,6 milhões de euros – incluindo a elaboração do projecto, a empreitada e a fiscalização da obra –, de acordo com o Metro de Lisboa. A intervenção no Parque deverá ser a mais cara, custando mais de 10 milhões de euros.
