A estação do Campo Grande vai ganhar acessibilidade plena com a instalação de quatro elevadores. Vão ser também modernizadas as 12 escadas rolantes existentes.
O Metro de Lisboa iniciou, esta semana, na estação Campo Grande a modernização dos 12 lances de escadas rolantes existentes e também a instalação de quatro elevadores, com vista a melhorar a acessibilidade em toda a estação. Com um investimento total de 2,9 milhões de euros, prevê-se que a obra esteja concluída no final do ano.
Os trabalhos de construção e instalação dos elevadores vão permitir o acesso entre a superfície e o cais a pessoas de mobilidade condicionada, designadamente em cadeira de rodas. A estação do Campo Grande passará, assim, a estar dotada de acessibilidade plena.
Actualmente, das 56 estações da rede do Metro de Lisboa, apenas 43 são acessíveis a todas as pessoas. Das quatro linhas, apenas a Linha Vermelha, concluída em 1998, foi dotada de origem com acessibilidade plena. O Metro de Lisboa tem vindo a instalar elevadores nas suas estações, tendo, em 2022, concluído obras nas estações de Entrecampos e da Cidade Universitária. Espera-se agora que, além do Campo Grande, as estações de Picoas e Campo Pequeno vejam a ser das próximas a serem intervencionadas. Desse modo, a actual Linha Amarela tornar-se-á a segunda linha do Metro totalmente acessível.
No Campo Grande, a substituição de todas as escadas mecânicas/rolantes por componentes tecnologicamente mais modernos e resistentes será efectuada de forma faseada, de modo a não causar constrangimentos a quem deseja utilizar a estação. Será igualmente garantido aos passageiros do Metro o funcionamento das escadas mecânicas existentes no sentido ascendente. A descida far-se-á através das escadas pedonais laterais.
Esta intervenção no Campo Grande insere-se no plano de adaptação e modernização das estações que o Metro tem vindo a concretizar no âmbito do Plano Nacional para a Promoção da Acessibilidade, com o objectivo de alcançar o princípio de “Acessibilidade e Mobilidade para Todos”. No âmbito destas, já foram investidos cerca de 5,12 milhões de euros na substituição de componentes e equipamentos em diversas estações.
O Metro de Lisboa prevê ter 52 estações com acessibilidade plena até 2025 (a meta já foi ter 54, tendo sido revista em baixa). Este número não contempla as novas estações do plano de expansão, que abrirão ao público já dotadas de todos os equipamentos necessários e meios de acessibilidade plena – falamos das estações da Estrela e Santos, na futura Linha Verde circular, e das estações Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara no prolongamento da Linha Vermelha.
As restantes estações dispõem, também, na sua generalidade, de equipamentos mecânicos como escadas e passadeiras rolantes que conferem uma boa acessibilidade, ainda que não plena, bem como outros sistemas para pessoas com outras deficiências, a saber:
- sinalética em braille e botão de ajuda nas máquinas automáticas de bilhetes;
- botão de ajuda nos canais de validação que permite contacto directo com um funcionário da empresa;
- sistema sonoro e escrito de mensagens nas estações e no interior dos comboios;
- existência de rampas amovíveis para acesso aos comboios por cadeiras de rodas eléctricas, para abreviar o desnível existente entre o cais e o comboio;
- existência em todas as estações de canais de acesso mais largos, compatíveis com a passagem de clientes com mobilidade reduzida bem como de pessoas com deficiência visual acompanhadas de cães-guia.
Metro moderniza mais três escadas rolantes na estação Baixa-Chiado
Uma das estações que não terá acessibilidade plena tão cedo será a da Baixa-Chiado, uma vez que a profundidade da mesma dificulta e encarece a eventual instalação de elevadores. No entanto, o Metro continua a investir na modernização das problemáticas escadas rolantes. Em Maio, iniciou-se a terceira fase desse processo com a substituição de mais três lances de escadas por equipamentos mais modernos e resistentes.
A intervenção está a ser feita no saída para o Largo do Chiado, onde está garantido aos passageiros o funcionamento das escadas mecânicas no sentido ascendente; a descida faz-se através das escadas pedonais laterais. Esta obra, que deverá estar concluída no final deste ano, faz parte de uma empreitada global que inclui a substituição de quatro escadas mecânicas e a modernização de mais três nesta estação, num total de 1,47 milhões de euros.
Os passageiros de mobilidade condicionada podem continuar aceder à estação através da plataforma elevatória existente no acesso da Rua do Crucifixo sendo que, para o efeito, deverão solicitar apoio através do ponto de ajuda que se encontra junto ao corrimão ou através dos funcionários do Metro de Lisboa presentes na estação.
