Oeiras quer requalificar a Praia de Algés

A praia mais próxima do centro de Lisboa vai ser renovada. A Câmara de Oeiras quer melhorar o paisagismo da praia e a instalar equipamentos para fitness e prática desportiva. “Vamos melhorar todas as condições de estadia na Praia de Algés, mas não vamos melhorar para já as condições balneares. Isso é um objectivo a médio-prazo”, adiantou a Vereadora de Obras Municipais, Joana Baptista.

Imagem ilustrativa da requalificação prevista na Praia de Algés (via Parques Tejo/CMO)

A Câmara de Oeiras quer transformar os espaço público em redor da Praia de Algés e transformá-la num novo ponto de atracão do concelho, ligado ao futuro parque urbano do Passeio Marítimo de Algés e à interface de transportes. “Vamos melhorar o paisagismo da praia. Vamos colocar equipamentos de fitness e para a prática desportiva”, adiantou a Vereadora de Obras Municipais, Joana Baptista, à margem da assinatura de um protocolo de colaboração entre a autarquia e o Porto de Lisboa.

“Portanto, vamos melhorar todas as condições de estadia na Praia de Algés, mas não vamos melhorar para já as condições balneares. Isso é um objectivo a médio-prazo que o Município tem, que é para, além das quatro praias oficiais que já temos, devolvermos à população e à Algés esta praia também”, acrescentou a Vereadora responsável.

“Para já, a praia ainda não tem a qualidade suficiente para banhos”, reforçou Joana Baptista. “Está a ser monitorizada pelo Município, pelos Serviços Intermunicipalizados [de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora] e vamos criar condições, juntamente com a Administração do Porto de Lisboa, juntamente com o Município de Lisboa, no sentido de reforçarmos a infraestrutura. Porque não é só a praia, é toda a infraestrutura, designadamente a ribeira de Algés, que se passa no território de Lisboa mas que tem grande influência na praia de Algés - como se fala noutro artigo.

A Praia de Algés é a praia mais próxima do centro de Lisboa; tem cerca de 230 metros de comprimento e um areal estreito. Está mesmo ao lado da estação de comboios de Algés e do respectivo terminal rodoviário, beneficiando, por isso, de uma localização privilegiada. Sem vigilância nem água adequada para banhos, é uma praia que, ainda assim, atraí vários veraneantes, bem como pessoas ao longo do ano, que a procuram para relaxar ao final do dia, a ler um livro e a ver o pôr-do-sol.

Até meados dos anos 1960, antes da construção da agora denominada Ponte 25 de Abril, a Praia de Algés já foi uma das mais populares entre os lisboetas. Nessa altura, contava com um grande areal que se prolongava até à Cruz Quebrada e era atravessada pela ribeira de Algés. A construção da ponte levou os lisboetas a encontrarem praias mais distantes, como as da Costa da Caparica.

Regulação do estacionamento

O projecto de renovação da Praia de Algés, que responde a uma proposta vencedora da edição do Orçamento Participativo de Oeiras de 2019/20, ainda está a ser finalizado e envolve também uma reorganização do estacionamento e respectiva tarifação por parte da Parques Tejo, a empresa municipal de mobilidade. O intuito é promover, por um lado, uma racionalização do espaço destinado ao estacionamento e, por outro, um equilíbrio entre estacionamento de longa duração – para quem trabalhe na zona ou queira deixar o carro e apanhar o transporte público – e estacionamento de rotação/curta duração – para quem queira aproveitar o comércio ou restauração da baixa de Algés.

Imagem ilustrativa da requalificação prevista na Praia de Algés (via Parques Tejo/CMO)

A tarifação do estacionamento já é uma realidade na baixa de Algés, o que tem empurrado a pressão para a parte costeira, do outro lado da linha de comboio. A intenção da Parques Tejo de avançar com a regulação também nessa zona significa que, na prática, Algés ficará com a totalidade do estacionamento tarifado e regulado, o que terá implicações na freguesia vizinha de Belém, em Lisboa, que tem rejeitado a entrada da EMEL. A regulação do estacionamento automóvel é essencial em áreas com muita pressão, onde é necessário salvaguardar um espaço público organizado, bolsas exclusivas para moradores e também estacionamento de rotação para visitantes.

Algés tem vindo a ganhar uma centralidade no concelho de Oeiras e às portas de Lisboa. É palco de um grande festival de música no Verão e de outros grandes espectáculos ao ar livre. Tem atraído importantes instituições como a Fundação Champalimaund e vai acolher o grande projecto do Ocean Campus, ligando à inovação e à economia azul. Tem um Passeio Marítimo onde muitas pessoas gostam de ir correr ao final do dia ou fazer um passeio de fim-de-semana.

Algés é ainda a maior interface de transportes públicos da zona ocidental da Margem Norte. E oferece ainda uma ampla oferta de comércio e restauração. A renovação da Praia de Algés, em conjunto com a requalificação do Passeio Marítimo e o respectivo prolongamento do terrapleno até à Cruz Quebrada, deverá ajudar a tornar Algés ainda mais atractivo. Recorde-se que ainda no ano passado a Câmara de Oeiras revelou um plano ambicioso para transformar todo o eixo da Avenida dos Bombeiros Voluntários – um projecto intitulado “Portas de Algés”.

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