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Os cabos que ligam Portugal ao mundo

A Internet como a conhecemos só é possível graças a uma rede de cabos submarinos, que transportam dados entre continentes, fora do nosso olhar, nas profundezas dos nossos oceanos. Portugal e, em particular, a área metropolitana de Lisboa, são centrais nessa conectividade global.

A Internet como a conhecemos só é possível graças a uma rede de cabos submarinos, que transportam dados entre continentes, fora do nosso olhar, nas profundezas dos nossos oceanos. Portugal e, em particular, a área metropolitana de Lisboa, são centrais nessa conectividade global.

Ilustração de Graça Santos/DR

A internet assume uma dimensão pouco palpável. Sacamos o telemóvel do bolso e estamos conectados, como que por magia, a uma imensidão de informação. É como se esses dados estivessem a pairar por aí, armazenados nas nuvens, e os nossos equipamentos fossem capazes de apanhá-los. Se algumas ligações hoje em dia já são wireless, nomeadamente em curtas distâncias, há outras que não são possíveis sem fios, principalmente as conexões entre países ou continentes, ou entre ilhas.  Os cabos submarinos são a espinha dorsal da conectividade global, transmitindo dados a grande velocidade e baixa latência. São cabos que estão ocultos nos nossos mares e oceanos, e que dão corpo a uma internet que não conhece fronteiras. Sem essa infraestrutura, não seria possível trabalhar de forma remota e eficiente com empresas do outro lado do oceano. Nem tão pouco seria possível aceder a ficheiros, websites ou até transmissões de eventos de outras partes do mundo. Sem os cabos submarinos, a Internet não seria esta rede que percorre e conecta quase todo o mapa mundo,.

Estima-se que existam, à data, a nível global, mais de 530 cabos submarinos em serviço e outros 77 planeados ou em construção e que esses cabos transportem actualmente cerca de 99% do tráfego de dados internacionais. Este cenário insere-se num contexto em que o fluxo de dados entre fronteiras tem crescido constantemente, estimando-se que o volume de dados transfronteiriços tenha aumentado 64 vezes entre 2004 e 2019 (é o que diz a consultora McKinsey, citada pelo The Economist). E a tendência é que o crescimento deste número continue, à medida que a vida nas sociedades – das pessoas às empresas e passando pelos governos e pelos mercados financeiros – se vai digitalizando e globalizando.

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