Linha de Cascais volta, finalmente, à normalidade

Oito meses e meio após o incêndio, a circulação ferroviária na Linha de Cascais voltou à normalidade. Isso significa que, já nesta segunda-feira, regressam os comboios rápidos entre Cascais, Oeiras e Lisboa.

Linha de Cascais neste domingo (fotografia LPP)

A partir desta segunda-feira, voltam os comboios rápidos entre Lisboa e Cascais e os comboios curtos entre o Cais do Sodré e Oeiras. A Infraestruturas de Portugal (IP) conseguiu repôr, finalmente, as condições de circulação na Linha de Cascais, depois do incêndio que ocorreu no final de Março na subestação eléctrica do Cais do Sodré (que serve para dar energia à linha).

Com essa reposição da normalidade na infraestrutura ferroviária, a operadora CP consegue voltar a implementar a oferta normal na Linha de Cascais, que, recorde-se, esteve nos últimos oito meses e meio, a funcionar 30% abaixo da sua capacidade. Assim, a partir desta segunda-feira, dia 16 de Dezembro, voltam os comboios rápidos entre o Cais do Sodré e Cascais, com paragem em Alcântara-Mar, Algés, Oeiras e em todas as estações seguintes. Regressam também os comboios curtos entre o Cais do Sodré e Oeiras, com paragem em todas as estações. Este sistema de comboios rápidos e curtos permite encurtar os tempos de viagem significativamente nas horas de ponta e tornar o comboio atractivo face ao carro, nas deslocações entre Cascais ou Oeiras e a capital.

O que foi feito?

Desde o final de Março deste ano que o serviço ferroviário na Linha de Cascais esteve a funcionar com restrições, obrigando à redução da oferta comercial, sobretudo nos períodos de hora de ponta, em resultado do incêndio na subestação eléctrica localizada na Estação do Cais do Sodré, que “provocou a sua inoperacionalidade e sem hipótese de reparação”, diz a IP em comunicado.

“Imediatamente após a ocorrência, a IP criou um grupo de trabalho com o objectivo de promover a definição das soluções técnicas adequadas que permitissem a reposição das condições de funcionamento da SST do Cais do Sodré. Este trabalho revestiu-se de especial complexidade dada a antiguidade dos equipamentos afetados, dificultando a sua adaptação ao que o mercado oferece”, indica a empresa gestora da infraestrutura ferroviária nacional. “Acresce ainda o facto de os prazos de fornecimento serem bastante alargados, tendo a IP desenvolvido diversos esforços junto do mercado no sentido de encontrar alternativas com tempo de reposição mais curto, tendo-se optado por uma solução modelar/contentorizada [isto é, com módulos/contentores], que permitiu reduzir o prazo de execução entre 4 a 5 meses face ao inicialmente previsto.”

A reposição da normalidade na Linha de Cascais chegou a estar apontada para Setembro ou mesmo para Dezembro deste ano, mas tinha sido, recentemente, adiada para Fevereiro.

A solução paliativa entretanto encontrada pela IP foi contratada em Setembro de 2024, tendo a entrega do material necessário à reparação (os tais contentores) sido entregue dois meses depois, a 14 de Novembro. “Seguiram-se trabalhos complementares de interligação entre contentores, entre contentores e transformadores, entre contentores e catenária”, explica a IP. “Foi também necessário implementar uma nova solução e nova localização de alimentação à catenária, que implicou a realização de trabalhos complementares de alteração de catenária.”

Os trabalhos ficaram concluídos a 6 de Dezembro, informa a IP, e nos últimos dias foram executados os trabalhos de acabamentos finais de ligação à catenária e no interior da subestação. A conclusão desses trabalhos permitiu, neste sábado, 14 de Dezembro, a reposição das “condições de exploração ferroviária no troço da Linha de Cascais entre as estações de Cais do Sodré e de Alcântara Mar”, o troço directamente afectado e que afectou a circulação em toda a linha.

A CP anunciou, por seu lado, que a oferta voltaria ao normal no dia seguinte, ou seja, este domingo.

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