Há um novo Parque Urbano em Oeiras, que vai ser ligado por ciclovia ao dos Poetas

O novo Parque Urbano de Vila Fria, em Porto Salvo, foi aberto e inaugurado na semana passada. Num futuro próximo, estará ligado por ciclovias não só à estação de Paço de Arcos, como a outros dois parques urbanos – o dos Poetas e o das Perdizes.

Parque Urbano de Vila Fria, em Porto Salvo (fotografia LPP)

O concelho de Oeiras tem um novo Parque Urbano. Fica em Vila Fria, na freguesia de Porto Salvo, e num futuro próximo estará ligado à Ciclovia Empresarial e à estação ferroviária de Paço de Arcos, mas também ao conhecido Parque dos Poetas. O Parque Urbano de Vila Fria tem cerca de 22 mil metros quadrados para passear, brincar e fazer exercício.

Representando um investimento de 898,8 mil euros, o Parque Urbano de Vila Fria oferece 810 metros de caminhos pedonais, uma área infantil com 200 metros quadrados e também um ginásio ao ar livre – tudo isto rodeado de muito verde e de zonas de estadia. O Parque insere-se num terreno que estava disponível na malha urbana de Vila Fria, apresentando uma planta irregular pois foi obrigado a circundar as instalações dos SIMAS, a empresa intermunicipal de água e saneamento dos concelhos de Oeiras e Amadora.

O Parque foi inserido num terreno onde a Natureza já crescia de forma livre, tendo sido mantidas as espécies que faziam sentido para o projecto e plantadas outras. O espaço conta com um pequeno bosque onde podem ser encontradas diversas espécies nativas (autóctones) do nosso país, que, por isso, estão adaptadas ao nosso clima seco no Verão, exigindo pouca manutenção e pouco consumo de água.

Sin embargo, se uma parte do Parque tem um aspecto mais natural, outras áreas são ajardinadas e contam com vegetação regada através de um sistema automático. As várias árvores, arbustos e herbáceas percorrem os caminhos pedonais, ajudando a defini-los e escondem também o edificado, como as estruturas do SIMAS. Alguma vegetação tem também um papel importante nas zonas inclinadas do Parque, ajudando no risco de erosão.

O Parque Urbano de Vila Fria tem várias zonas de estadia, com bancos e mesas, que a população poderá ocupar. Há ainda uma capela que já existia na área do Parque e que foi integrada no mesmo. As ligações pedonais do Parque Urbano com a envolvente são asseguradas, sem ressaltos, com os arruamentos limítrofes, como no caso das ligações com a Rua Carlos Paião (esta é a entrada principal, existindo aqui duas paragens de autocarro da Carris Metropolitana), a Rua Ary dos Santos e a ligação à Rua Rui de Mascarenhas.

Quase todo o Parque Urbano é acessível a todas as pessoas, excepto a zona de miradouro, que fica por detrás da capela e onde foi colocado um baloiço para crianças e adultos. É nessa zona que se encontra um passadiço, que dá acesso à Rua Artur Moura.

Na área infantil, procurou-se colocar um equipamento que parece feito com materiais naturais que encontraríamos numa floresta. Já o espaço destinado a ginástica e fitness desenvolve-se num dos núcleos centrais do parque, que em conjunto com a zona infantil, constituem os dois principais polos dinamizadores e de atracção do Parque Urbano do Vila Fria.

O Parque Urbano da Vila Fria vai, num futuro próximo, estar ligado à Ciclovia Empresarial de Oeiras, que será prolongada a partir da Rotunda das Oliveiras até ao novo espaço verde. Estão também em fase de projecto e de construção outros dois troços de ciclovia: um entre Vila Fria e Leceia, na freguesia da Barcarena, e outra entre Leceia e Paço de Arcos. O procedimento concursal para o troço Vila Fria-Leceia, que será feito na Rua da Fonte, já está concluído, com a empreitada a ter sido adjudicada por 1,15 milhões de euros à empresa Protecnil.

Com a conclusão destes troços, a Ciclovia Empresarial passará a ligar os três parques empresariais do concelho à estação de comboios de Paço de Arcos e, ao longo do seu percurso permitirá a passagem por três áreas verdes do território: o Parque dos Poetas, o Parque das Perdizes e agora o Parque Urbano de Vila Fria. Por seu lado, o concelho de Oeiras conta actualmente com 770 hectares de infraestruturas verdes e tem como objectivo chegar aos 1000 hectares até 2050. Para este crescimento, aposta na vegetação autóctone, que requer uma manutenção mais reduzida e que é menos exigente no consumo de água.

Inauguração do Parque Urbano de Vila Fria (fotografia LPP)

A inauguração do Parque Urbano de Vila Fria foi feita na sexta-feira de manhã, 30 de Junho, e contou com o Presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, a Vereadora das Obras Municipais, Joana Almeida, e Fátima Rabuge, Directora do Departamento de Obras Municipais, entre outros elementos da Câmara de Oeiras.“Um jardim, um bosque, um parque infantil, é isto tudo junto. E ao mesmo tempo é um repositório de espécies representativas da vegetação mediterrânica. Quem fizer estes circuitos pedonais vê espécies que estão dispersas por todo o lado e que aqui estão concentradas”, comentou Isaltino Morais. “Temos também aqui um parque fitness e um miradouro que nos permite desfrutar da beleza de uma parte significativa do território de Oeiras, mas também vemos a Serra de Sintra lá ao fundo.”

O Presidente de Oeiras adiantou que, deste miradouro, também é possível apreciar uma “harmonia em termos de ordenamento de território”, um ordenamento que já integra algumas torres. “Estamos a trabalhar para que haja mais torres no nosso concelho”, porque, segundo Isaltino, “as torres são das melhores formas de preservar o ambiente e salvaguardar terrenos que de outra forma seriam impermeabilizados”. Sobre o Parque Urbano de Vila Fria, o autarca de Oeiras disse que “é muito difícil que alguém não goste que aqui está” e que esta nova área de lazer resulta de “estudo, gosto, sensibilidade e experiência”.

Isaltino Morais quis deixar outra nota: “Quanto mais cidade se faz, quanto maior for o investimento do município, seja com edifícios de qualidade, seja com intervenção no espaço urbano, mais se valoriza o património”, disse, explicando que “o investimento que aqui foi feito vai repercutir-se três vezes” na habitação em redor do Parque Urbano. “Se nos fazemos aqui um investimento de um milhão de euros, este vai ter um reflexo de três milhões naqueles edifícios todos. O que quer dizer que um apartamento que custa 250 mil vai passar a custar 300. No imediato, este parque vai valorizar todos os prédios que existem aqui.” Mas o próprio município também terá um retorno do investimento “a longo prazo” con el “crescimento do IMI”, pois “o conta não é apenas o imóvel; é também o que esta à volta, são os transportes, os jardins, os equipamentos que existem, é a imagem urbana; tudo conta para a valorização do imóvel”. “Como vêem, isto é um sistema de vasos comunicantes.”

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