A intenção de o Estado comprar novos comboios para a CP não é nova, mas agora sabem-se os detalhes dos montantes envolvidos e os timings previstos. Serão 117 automotoras eléctricas, das quais 50 serão para a Área Metropolitana de Lisboa. Chegarão entre 2026 e 2029.
De acordo com o Dinheiro Vivo, dos 50 comboios eléctricos que se destinam a serviços urbanos e suburbanos na região de Lisboa, 34 irão substituir as 29 unidades da Linha de Cascais que têm mais de 50 anos. As restantes 16 vão reforçar os serviços nas linhas de Sintra, Azambuja e Sado. As outras automotoras do lote de 117 destinam-se aos serviços urbanos do Porto (12) e aos serviços regionais (55). O investimento total previsto é de 819 milhões de euros.
Os novos comboios ainda vão demorar a chegar. Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação, anunciou, esta quinta-feira, 15 de Julho, que o Governo autorizou a CP a fazer a compra das novas unidades eléctricas, mas o processo ainda está no início. Falta agora lançar o concurso público para depois seleccionar o vencedor e fazer a adjudicação, mas, garante, Pedro Nuno Santos, o caderno de encargos já está pronto. “A adjudicação ao vencedor será no final de 2022 e teremos de esperar três a quatro anos até o primeiro comboio ser entregue”, referiu o ministro aos jornalistas.
As previsões apontam para um ritmo de entrega de três automotoras por mês a partir de 2026; as primeiras deverão servir a Linha de Cascais, que está entretanto em processo de modernização pela Infraestruturas de Portugal. A CP deverá ter todos os comboios até 2029. Esta renovação da frota ferroviária nacional será financiada através do instrumento europeu Quadro Financeiro Plurianual.
A vontade do executivo é que estes comboios sejam fabricados em parte em Portugal pela empresa que vença o concurso e que instale no país uma unidade de produção. Para formar profissionais com competências na área, Portugal quer desenvolver um centro de competências com uma escola dedicada à ferrovia, com escreve o Dinheiro Vivo.
