Está a nascer uma ligação directa ciclável entre o centro da cidade, a estação de Campolide e Alcântara

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Fotografía de Mário Rui André/Lisboa For People

A estação ferroviária de Campolide vai ficar mais próxima do centro da cidade, de bicicleta. Arrancou a construção de um troço de ciclovia na Avenida Calouste Gulbenkian, que ligará à ciclovia já existente e à infraestrutura ciclável da Praça de Espanha. No futuro, esta ciclovia irá também aproximar Alcântara (e Belém) do centro da cidade.

A nova pista será concretizada na tipologia bidireccional em cima do passeio, que por ser pouco movimentando permite a sua redução. À aproximação da estação, na Rua Engenheiro Ferreira de Mesquista, a pista será transformada num corredor partilhado (30+Bici). Ligará à infraestrutura ciclável existente em redor estação (e que integra o chamado Corredor Verde del Valle de Alcántara), através novamente de um desenho bidireccional.

Fotografía de Mário Rui André/Lisboa For People

Esta ligação será importante para ligar a zona central da cidade, carregada de empresas e comércio, à estação ferroviária de Campolide, onde passam os comboios Fertagus em direcção a Setúbal, os longo curso da CP da Linha do Sul, bem como os suburbanos da CP em direcção a Sintra, Rossio, Azambuja ou Alcântara-Terra.

Podes consultar o projecto previsto na íntegra em baixo:

Problemas do troço existente não serão reparados

Com a construção do troço será refeito o cruzamento que já havia quando a ciclovia passava de um lado para o outro da Avenida Avenida Calouste Gulbenkian, de modo a delimitar melhor o espaço que é do peão e o que é do ciclista. No entanto, não haverá mexidas na ciclovia existente e no passeio que a ladeia – ambos estão em visível mau estado, com alguns buracos, poças e lamas decorrentes de chuvas e pintura antiga e desactualizada. Fonte da vereação de mobilidade da Câmara de Lisboa explica, no entanto, ao Lisboa Para Pessoas que está a ser estudada uma eventual empreitada de manutenção desse percurso pedonal e ciclável, diferente da obra que está agora a decorrer.

A ciclovia existente apresenta ainda outros problemas. À aproximação da Praça de Espanha, há um sinal de STOP para ciclistas antes de um atravessamento a eles destinado na Rua Armando Cortez; neste tipo de atravessamentos, a prioridade é da bicicleta, pelo que o STOP pode criar ali uma situação confusa para todos os veículos. Mais ainda: apesar do sinal de STOP, a marcação horizontal da ciclovia indica uma cedência de passagem, aumentando a confusão. A situação não foi corrigida no âmbito da intervenção na Praça de Espanha. Esta obra manteve também a área mista de partilha entre peões e ciclistas que havia, mesmo em frente à Embaixada espanhola, apesar de toda a nova infraestrutura ciclável criada na zona. Num projecto preliminar ao qual o Lisboa Para Pessoas teve acesso, essa zona mista seria pelo menos reduzida, com a construção da ciclovia onde a largura do passeio permitia a segregação.

Uma outra situação que também não está incluída na empreitada agora em curso é o prolongamento da ciclovia da Avenida Calouste Gulbenkian até à Rua Cardeal Saraiva, permitindo não só uma ligação ao Jardim da Amnistia Internacional (alternativa às escadas onde existe uma calha para transportar a bicicleta degraus acima e degraus abaixo), mas também à futura ciclovia na Avenida José Malhoa. No plano de rede ciclável prevista da autarquia, este troço que agora referimos não está desenhado.

Fotografía de Mário Rui André/Lisboa For People

A construção do novo troço de ciclovia na Avenida Calouste Gulbenkian arrancou no final de Junho. Além de conectar com a estação de Campolide vai permitir também um percurso directo para Alcântara e, por extensão, para a zona de Belém pelo Corredor Verde do Vale de Alcântara e pela Avenida de Ceuta. No entanto, a construção deste Corredor Verde, que deveria estar concluído em 2017/18, encontra-se atrasada.

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