Há dois meses que o processo de aquisição das 42 novas carruagens do Metro de Lisboa e de um novo sistema de sinalização continua parado. Apesar de o contrato ter sido assinado em Fevereiro com o consórcio formado pela suíça Stadler e a alemã Siemens, há uma acção judicial a bloquear a compra. A primeira carruagem deveria chegar em 2022.
Em causa está uma contestação por parte do consórcio concorrente, formado pela francesa Thales e pela chinesa CRRC Tangshan, como noticia o jornal Público. A Thales e CRRC Tangshan decidiram impugnar a adjudicação da compra das carruagens e da nova sinalização à Stadler e à Siemens, pelo que o Metro de Lisboa aguarda agora a decisão judicial deste processo, que está nas mãos do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra.
Esta acção de impugnação dura desde 12 de Fevereiro, poucos dias depois de o contrato entre o Metro de Lisboa e o consórcio Stadler/Siemens ter sido assinado e anunciado. Conforme noticiou o Público na altura, a impugnação por parte da Thales e e da CRRC Tangshan teve um “efeito suspensivo automático da adjudicação” nos termos do Código de Processo nos Tribunais Administrativos (CPTA) até existir decisão do tribunal. Decisão essa que, passados dois meses, ainda não foi recebida pelo Metro de Lisboa. Recorda o Público que o processo de compra das novas carruagens e sistema de sinalização iniciou-se em Setembro de 2018 com o lançamento do concurso público internacional.
