Erro nas obras da Praça de Espanha provoca interrupação na Linha Azul

Fotografia de Metro Centric via Flickr, CC BY 2.0

A Linha Azul do Metro de Lisboa está interrompida desde ontem por tempo indeterminado devido ao desabamento de uma parte do túnel na Praça de Espanha. Enquanto a reparação decorre, a circulação na Linha Azul faz-se apenas entre dois troços (da Reboleira às Laranjeiras e do Marquês de Pombal a Santa Apolónia) e há reforço de carreiras da Carris.

“A circulação na linha Azul do Metro está interrompida entre as estações Laranjeiras e Marquês de Pombal, devido a um desabamento de parte do tecto do túnel do metro, na estação Praça de Espanha, na sequência das obras de requalificação daquela praça, que se encontram a decorrer à superfície, a cargo da Câmara Municipal de Lisboa”, lê-se num comunicado do Metropolitano de Lisboa. “Assim, a circulação na linha Azul encontra-se a funcionar por troços: entre Reboleira e Laranjeiras e entre Santa Apolónia e Marquês de Pombal.”

Fotografias cortesia do Corpo de Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique

As estações Parque, S. Sebastião (a parte correspondente à Linha Azul), Praça de Espanha e Jardim Zoológico estão encerradas e a Carris reforçou duas carreiras:

  • 746 entre o Marquês de Pombal e Sete Rios, com prolongamento do serviço nocturno até à 1h;
  • 726 entre o Arco do Cego, Sete Rios e Pontinha

O acidente provou ferimentos ligeiros em três passageiros e, de acordo com o Metro de Lisboa e a Câmara Municipal, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) encontra-se no local a averiguar as circunstâncias técnicas que levaram ao incidente e para coordenar a reparação de modo a garantir a reabertura da Linha Azul em pleno. Já numa conferência de imprensa, esta manhã, Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, referiu que o “lamentável acidente que ontem ocorreu na Linha Azul do Metro decorre exclusivamente de uma obra da Câmara Municipal de Lisboa, (…) que se realiza à superfície e que num erro grosseiro faz uma perfuração indevida” no túnel de Metro.

Fernando Medina adiantou que já foi aberto um inquérito, supervisionado pelo Bastonário da Ordem dos Engenheiros, para apurar o “sítio da responsabilidade, se é ao nível da concepção do projecto, da sua execução ou da fiscalização, ou se é uma combinação desses factores”.

Na mesma conferência de imprensa, o Presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vitor Domingues dos Santos, adiantou que espera que a reabertura da Linha Azul aconteça o mais tarde na sexta-feira de manhã. “Há um buraco e há que tapar o buraco, e vamos tapar com ferro e betão. Esperamos começar isso da parte da tarde”, referiu. “Durante a madrugada recuperámos a electrificação, a sinalização e as linhas de comunicação de emergência. Agora é só resolver o problema do buraco.”

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