O Metro de Lisboa está a oferecer cartões pré-carregados com duas viagens (ida e volta). Só é preciso preencher um pequeno formulário, aguardar por um SMS e “imprimir” depois o bilhete numa estação.

O Metro de Lisboa vai oferecer transporte gratuito a todos os que se desloquem ao Centro de Vacinação do Oriente (FIL) para serem vacinados, seja no modelo de agendamento ou “casa aberta”, no âmbito de uma colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa.
A oferta consiste num cartão Navegante Ocasional (ex-Viva Viagem) carregado com duas viagens de metro (ida de volta) e que, segundo o Metro de Lisboa, será “pessoal e intransmissível”. As pessoas interessadas só têm de preencher um formulário disponível no site do Metro (ou ligar para o número de atendimento da empresa, o 213 500 115, que está disponível de segunda a sexta-feira, entre as 8h30 e as 19h00).
Depois, os/as interessados/as só têm de aguardar pela validação do pedido. Uma vez feito, receberão um código com 16 dígitos por SMS que poderão inserir em qualquer máquina de venda de bilhetes dentro de uma estação de metro, através da opção “Tem Voucher”, para receberem o cartão pré-carregado. O voucher estará disponível para resgate a partir da data do envio do SMS e durante um prazo de quatro dias.
Com viagens gratuitas de metro para o centro de vacinação, pretende-se promover uma alternativa de mobilidade mais sustentável, numa cidade já demasiado congestionada e poluída pelo aumento do tráfego automóvel. “Esta iniciativa enquadra-se numa política de promoção da segurança e saúde pública que tem vindo a ser implementada pelo Metropolitano de Lisboa desde o início da pandemia”, lê-se num comunicado da empresa. O centro de vacinação da FIL é servido pela estação do Oriente da Linha Vermelha.
No início deste mês de Dezembro, a Câmara Municipal de Lisboa abriu aquele que Carlos Moedas prontamente apelidou do “maior centro de vacinação do país” no Pavilhão 4 da FIL. Os centros de vacinação que até então funcionavam em diferentes partes da cidade foram encerrados, uma medida que já estaria decidida pelo executivo anterior, tendo em conta a evolução da pandemia na altura e a inexistência de qualquer decisão em relação a uma terceira dose. Os proprietários dos edifícios onde ainda funcionavam centros de vacinação, como a Universidade de Lisboa ou a Comunidade Hindu, precisam desses espaços, conforme explicou Moedas aos jornalistas na inauguração do centro na FIL.
No entanto, centralizar a vacinação num local numa ponta da cidade não condiz com a mensagem que o actual Presidente da Câmara de Lisboa passou durante a campanha eleitoral, quando promoveu o conceito de “cidade de 15 minutos”, de Carlos Morenos – uma cidade de proximidade onde todos os serviços essenciais estão a um máximo de 15 minutos a pé ou de bicicleta, não é uma cidade que centraliza os serviços de vacinação numa ponta, promovendo deslocações de longa distância, mesmo que de transportes públicos.