Depois de uma experiência em 2013 com seis carruagens, o Metro de Lisboa começou há dois anos a mudar o revestimento dos bancos de toda a sua frota para cortiça. O processo ficou concluído só no passado mês de Abril.
O Metro de Lisboa concluiu, na semana passada, os trabalhos de substituição do antigo forro de tecido dos bancos de toda a sua frota. Agora todos os bancos de passageiros dos comboios da operadora estão forrados com o novo revestimento de cortiça.
Foi há dois anos, no início de 2020, que o Metro de Lisboa começou a mudar o revestimento dos seus bancos para cortiça, depois de em 2013 ter feito uma experiência com esse material em seis carruagens e em cerca de 200 bancos. A empresa diz que o novo material é “um produto de origem nacional, mais fácil de manter e amigo do ambiente”.
O novo material dos assentos e costas, que substituiu o anterior material de tecido, é formado por um compósito de cortiça, sendo mais percetível a sua textura e a sua cor natural. Segundo o Metro de Lisboa, a “durabilidade prevista para os novos bancos com revestimento de cortiça é estimada em 15 anos, sendo maior do que a do anterior revestimento em tecido”.
“Os assentos e as costas dos bancos foram dimensionados para uma total resistência na sua utilização diária, sendo, pelas propriedades dos materiais escolhidos, de fácil limpeza”, indica ainda a empresa de transporte. “Mais ergonómicos e resistentes”, os novos bancos procuram oferecer “melhores condições” aos passageiros, conferindo ao mesmo tempo ao interior das carruagens “um aspecto rejuvenescido e modernizado”.
Esta intervenção no material circulante do Metro de Lisboa foi efectuada integralmente com recurso a meios internos da empresa nas suas oficinas. Em Janeiro de 2020, o Metro de Lisboa previa a renovação dos bancos ao ritmo de duas novas unidades triplas (composições de três carruagens) por semana. Tendo a empresa, 111 unidades triplas, a transição demoraria 56 semanas, pelo que deveria estar concluída no final de 2020. A pandemia terá atrasado o processo.