A estação de Metro de Telheiras estará encerrada durante um total de dois meses e meio. Haverá uma interrupção substancial da Linha Amarela durante o último fim-de-semana de Abril. E de 2 de Maio a 7 de Julho, haverá cortes em dois troços das linhas Verde e Amarela junto à estação do Campo Grande.
Era esperado que a construção dos novos viadutos do Metro no Campo Grande, para estabelecer a ligação entre as actuais linhas Verde e Amarela, obrigasse ao encerramento temporário da circulação naquela zona. Só não se sabia era quando tal iria acontecer. O Metro de Lisboa anunciou, esta quarta-feira, 12 de Abril, todos os detalhes dos cortes previstos e que se iniciarão já nos próximos dias e que serão prolongados.
Em resumo:
- FASE 1 – de 15 (sábado) a 26 de Abril (quarta-feira): encerramento da estação Telheiras, com a Linha Verde a funcionar apenas entre as estações Alvalade e Cais do Sodré;
- FASE 2 – dias 29 e 30 de Abril (sábado e domingo): interrupção quase total da Linha Amarela, que estará a aberta apenas entre as estações Campo Grande e Odivelas com comboios de três carruagens, não se realizando serviço entre o Campo Grande e o Rato;
- FASE 3 – entre 2 de Maio (terça-feira) e 7 de Julho: novo encerramento da estação Telheiras porque a Linha Verde só funcionará entre o Campo Grande e o Cais do Sodré. Já a Linha Amarela estará a funcionar em dois troços: um entre o Campo Grande e Odivelas, com comboios de três carruagens, e outro entre a Cidade Universitária e o Rato.
Durante este período, o Metro de Lisboa vai efectuar um conjunto de intervenções que permitirão a integração dos dois novos viadutos construídos no Campo Grande com os viadutos já existentes. Concluídas estas intervenções, será retomada a normal circulação nas linhas Amarela e Verde no dia 8 de Julho.
| Data | Encerrado | O que será feito |
|---|---|---|
| 15 a 26 de Abril | Encerrado: Linha Verde: troço encerrado entre as estações Telheiras e Alvalade Em funcionamento: Linha Verde: circulação entre Alvalade e Cais do Sodré (e sentido oposto) | Estes trabalhos irão permitir a preparação para a deslocação do cais de embarque da estação Campo Grande e a ligação da linha Verde ao troço Campo Grande–Rato (actualmente integrado na linha Amarela), no âmbito da futura linha Circular. Em detalhe: substituição dos aparelhos de mudança de via no acesso ao Ramal do Parque Material Oficinal de Calvanas (PMO II); montagem das peças em betão armado pré-fabricadas para a extensão dos cais a nascente; primeira fase da instalação da cobertura metálica sob a extensão do Cais a Nascente, da estação Campo Grande; desvio e substituição da coluna seca no troço Campo Grande–Alvalade. |
| 29 a 30 de Abril | Encerrado: Linha Amarela: troço encerrado entre Cidade Universitária e Rato (*) Em funcionamento: Linha Amarela: circulação entre Odivelas e Campo Grande (e sentido oposto) | Criação de uma zona de manobras que permita a inversão de comboios na estação Cidade Universitária (substituindo a zona de manobras de Campo Pequeno), criando melhores condições de operacionalidade. Em detalhe: colocação em serviço dos sistemas de sinalização ferroviária de controlo de comboios na nova zona de manobras, designadamente sinais, motorização do aparelho de via e respetiva alteração dos sistemas de supervisão e controlo centralizado de tráfego da Linha Amarela. |
| 2 de Maio a 7 de Julho | Encerrado: Linha Verde: estação Telheiras encerrada; Linha Amarela: troço encerrado entre Campo Grande e Cidade Universitária Em funcionamento: Linha Verde: circulação entre Campo Grande e Cais do Sodré com comboios de três carruagens (numa fase inicial); Linha Amarela: circulação no troço Campo Grande-Odivelas com comboios de três carruagens e no troço Cidade Universitária-Rato com comboios de seis carruagens. | Integração dos novos viadutos executados a poente da atual estação Campo Grande à infraestrutura existente, permitindo a futura entrada em exploração da linha Circular. Em detalhe: ligação das duas novas estruturas em viadutos; implementação de novos aparelhos de mudança de via, possibilitando a nova ligação entre as estações Campo Grande (Linha Verde) e Cidade Universitária; implementação de novos aparelhos de mudança de via, possibilitando a nova ligação entre as estações Campo Grande (Linha Amarela) e Telheiras. |
(*) Porque é preciso interromper a circulação entre Campo Grande e Rato? Segundo o Metro de Lisboa, “os trabalhos a realizar implicam uma intervenção no sistema de sinalização deste troço da rede que não é compatível com a manutenção em funcionamento do serviço de transporte”. A transportadora explica que “esta intervenção é indispensável para permitir a operação da Linha Amarela entre a estação Cidade Universitária e Rato (inclusive) durante a intervenção de 2 de Maio a 7 de Julho, minimizando o impacto dessa intervenção e garantindo a correspondência de passageiros entre o modo metro e os comboios suburbanos, na estação Entrecampos, e a ligação ao Campus Universitário, ao Hospital de Santa Maria e demais área de influência da estação Cidade Universitária”.
Segundo a empresa, “a concretização destes trabalhos, pela sua natureza e complexidade, não é compatível com a circulação, em segurança, dos comboios e o funcionamento do serviço de transporte, obrigando à realização de um conjunto de interrupções de circulação temporárias e em partes das linhas Amarela e Verde”.
Para mitigar os impactos causados durante estes períodos, o Metro de Lisboa aumentará a oferta de comboios na Linha Verde, reduzindo assim o tempo de espera nesta linha, articulando com outros operadores de transporte, nomeadamente a Carris, o reforço das suas carreiras. No período mais crítico, entre os dias 2 de Maio a 7 de Julho, poderão ser utilizadas as carreiras 767, 747 e 778 no eixo Telheiras-Campo Grande, e das carreiras 738 e 735 no eixo Cidade Universitária–Campo Grande. Já durante a interrupção de uma grande parte da Linha Amarela poderão ser utilizadas as carreiras 738, 701 e 727. A rede GIRA também pode ser uma alternativa de mobilidade para vencer os encerramentos.
A Linha Circular será uma realidade no final de 2024 e é apresentado pelo Metro de Lisboa “como um projecto estruturante para a cidade de Lisboa e para a melhoria das acessibilidades e das conectividades, uma vez que a rede prevista possibilita o desenvolvimento de uma nova circularidade interna, materializando uma plataforma de distribuição de elevada frequência e conectando, de forma mais eficiente, os serviços metropolitanos”. A Linha Circular será a nova Linha Verde, com duas novas estações na Estrela e em Santos, que encerrarão o anel entre o Cais do Sodré e o Rato.
