Depois do parque verde, os edifícios. Câmara de Lisboa dá forma à nova Praça de Espanha

Foi dado mais um passo na concretização da nova Praça de Espanha, com a aprovação, em reunião de Câmara, do projecto que rematará o topo norte da praça e que servirá de sede à Jerónimo Martins.

Fotografia LPP

Foi dado mais um passo na concretização da nova Praça de Espanha, graças à aprovação na reunião de Câmara desta quarta-feira, 8 de Novembro, do projecto que rematará o topo norte da praça. O projecto agora aprovado propõe a construção de um edifício de escritórios com 22. 000 m2 na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, onde se situava o antigo mercado de rua da Praça de Espanha, um terreno anteriormente alienado pela Câmara de Lisboa.

O novo edifício servirá de sede ao Grupo Jerónimo Martins e terá 13 pisos em altura e seis pisos em cave, onde caberão 177 lugares de estacionamento automóvel e também vários lugares para bicicletas e motociclos – o projecto de arquitectura foi revisto para diminuir o espaço destinado a estacionamento para carros e aumentar o de duas rodas. “Face à muito boa cobertura da rede de transportes públicos naquele local (…), não se justifica ultrapassar os 177 lugares de estacionamento privativo (…) para satisfazer as necessidades do empreendimento”, pode ler-se no texto da proposta apreciada e votada em reunião de Câmara. No que respeita ao estacionamento público, a operação urbanística visará a criação de 75 lugares de estacionamento público em estrutura edificada, para “satisfazer as actuais necessidades geradas pelo IPO, cuja oferta de estacionamento na envolvente é insuficiente para satisfazer a procura de utentes e profissionais de saúde”, segundo o mesmo texto.

Maquetes das edificações previstas na Praça de Espanha (via CML)

Segundo a autarquia, foi realizado um trabalho conjunto que permitiu chegar a acordo com o Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO) para a transferência do parque de ambulâncias actualmente existente neste terreno, bem como do acesso ao parque interior, estando prevista a construção de um novo acesso ao IPO no âmbito desta edificação. “A presente operação urbanística visa a colmatação da malha urbana, rematando a
frente da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro e do impasse da rua Professor Lima
Bastos, consistindo no remate do novo espaço urbano através da construção de um
edifício isolado, destinado a sede do Grupo Jerónimo Martins, e do espaço público
imediatamente confinante”
, pode ler-se também na proposta.

A nova edificação será acompanhada de um projecto de arquitectura paisagista “que abranja o espaço público imediatamente confinante” e também prever medidas de mitigação do impacto no tráfego e na semaforização. Recorde-se que, entre 2020 e 2021, a Câmara de Lisboa requalificou toda a área da Praça de Espanha, reformulando toda a circulação rodoviária, introduzindo ciclovias e criando um amplo parque verde. Aquando dessa requalificação, já estava prevista a construção das sedes de duas grandes empresas nas imediações do novo parque urbano, a do Grupo Jerónimo Martins e a do Montepio.

“Esta aprovação permite-nos continuar a dar forma à nova Praça de Espanha, com intervenções estruturadas e integradas numa visão de conjunto desta zona central da nossa cidade. Este é um de dois grandes projetos que desbloqueámos recentemente nesta zona e que vão permitir a concretização do remate nascente e do topo norte da Praça de Espanha”, destaca a Vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, em comunicado.

A aprovação do projecto da Jerónimo Martins foi viabilizada com os votos a favor da liderança PSD/CDS e do PS, e os votos contra dos vereadores do PCP, BE, Livre e CPL (Cidadãos Por Lisboa). Na reunião de Câmara de dia 6 de Setembro, já tinha sido aprovado um Pedido de Informação Prévia para a sede do Montepio – um edifício com 31 000 m2, com frentes na Praça de Espanha, Avenida Santos Dumont, Avenida de Berna e Rua D. Luís de Noronha. Este projecto propõe ainda a criação de 117 fogos de habitação, num edifício que inclui também uso turístico – hotel e aparthotel –, comércio e serviços, e estacionamento público e privado.

Ambos os projetos enquadram-se na Unidade de Execução da Praça de Espanha e dão continuidade à visão integrada do planeamento urbano desta área de Lisboa.

Fotografia LPP
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