Entre o Parque Ribeirinho Oriente e a Alameda dos Oceanos passará a haver uma ciclovia contínua, sem interrupções em calçada. Esta solução dará mais conforto aos utilizadores mas será temporária, até à construção da segunda fase do parque urbano.
Enquanto não avança a segunda fase do Parque Ribeirinho Oriente, a ciclovia ribeirinha entre esse parque e a Alameda dos Oceanos está a ser requalificada. O principal objectivo da empreitada, que tem um custo estimado de 298 mil euros, é resolver as descontinuidades hoje existentes de forma a proporcionar aos utilizadores uma ciclovia com um piso contínuo, sem empedrado.
Naquela zona, a antiga ciclovia ribeirinha contava com várias interrupções: os ciclistas viam-se obrigados, volta não volta, a sair de um piso alcatroado para um pavimento irregular de granito, o que tornava qualquer viagem desconfortável. Ao criar um corredor alcatroado contínuo para bicicletas mas também para peões, a EMEL, a empresa municipal de mobilidade de Lisboa, a quem compete a construção e manutenção das ciclovias da cidade, vai resolver esse problema.
De acordo com o projecto divulgado, a ciclovia vai ligar, num lado, à do Parque Ribeirinho Oriente e, no outro, à da Alameda dos Oceanos. Ao lado do percurso ciclável, existirá um passeio devidamente segregado. Já o canal rodoviário será devidamente marcado e separado dos percursos pedonais e cicláveis, incluindo com a sinalização de passadeiras. O novo troço ciclável vai não só permitir a ligação à ciclovia da Alameda dos Oceanos, como também possibilitar que os ciclistas prossigam caminho pela zona ribeirinha do Parque das Nações como já fazem actualmente.
A empreitada teve início no início deste mês de Julho e tem a duração prevista de dois meses (ou seja, deverá estar pronta no início de Setembro). A obra está a ser realizada com recurso a uma “bolsa” de pavimentação e de sinalização contratada pela EMEL (concursos públicos nº 37/023 e 43/2023), tendo um custo estimado de 298 mil euros.
Questionada pelo LPP sobre esta empreitada, tendo em conta que está previsto o prolongamento do Parque Ribeirinho Oriente até ao Parque das Nações, que implicará refazer toda a zona que está agora a ser requalificada, a EMEL referiu que “esta intervenção é considerada importante e necessária, respondendo às necessidades imediatas da comunidade para melhorar a conectividade da rede de ciclovias existente”. De acordo com a empresa municipal de mobilidade, a obra vai assegurar “uma maior segurança e comodidade para os utilizadores da ciclovia e do percurso pedonal na zona ribeirinha”.
A construção do novo troço de ciclovia irá desactivar o percurso 30+bici hoje existente numa estrada que, principalmente nos dias úteis, vira estacionamento automóvel, devido à proximidade de empresas.
Esta é uma intervenção que se insere no projecto da Ciclovia Ribeirinha, que tem em vista disponibilizar uma ligação ciclável contínua, entre Algés e a Ponte Ciclopedonal do Trancão, construída recentemente pela EMEL. Para já, estão identificadas mais três grandes descontinuidades no actual percurso junto ao Tejo: uma no Terreiro do Paço/Ribeira das Naus, outra no Cais do Sodré e uma terceira na Doca de Santo Amaro. Estas descontinuidades terão uma resolução imediata, segundo o plano de acção apresentado pela Câmara de Lisboa recentemente.
Ao mesmo tempo, a EMEL diz estar a desenvolver o projecto da nova Ciclovia Ribeirinha contínua, que vai “naturalmente incluir” o troço em obra em Braço de Prata e “outros projectos que venham a ser desenvolvidos”, referiu a empresa municipal ao LPP.