Oeste lança autocarros para Lisboa a 40 €/mês, gratuitos para jovens até 23 anos

A partir de Janeiro, viajar de autocarro entre a região Oeste e Lisboa terá um custo reduzido. Residentes, estudantes e trabalhadores do Oeste poderão deslocar-se para a capital por apenas 40 €/mês, enquanto que os jovens até 23 anos estarão isentos de pagamento.

Autocarro da Rodoviária do Oeste estacionado no Campo Grande (fotografia LPP)

A 1 de Janeiro de 2025, os jovens até aos 23 anos vão continuar a ter autocarros gratuitos entre a região do Oeste e a área metropolitana de Lisboa, onde também podem beneficiar do passe Navegante gratuito. Mas no novo ano, os restantes residentes do Oeste, região que abrange 12 municípios, vão passar a poder viajar para a capital por apenas 40€/mês com o novo Passe M Oeste.

O Passe M Oeste vai substituir todos os passes existentes, unificando-os num tarifário mais simples de perceber. Com este novo passe, quem vive no Oeste ganha mobilidade gratuita dentro dos 12 municípios desta região, a saber: Alcobaça, Torres Vedras, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche e Sobral de Monte Agraço. Dentro da região, o passe é gratuito para todos os residentes nos 12 municípios que integram a OesteCIM, mas também para trabalhadores e estudantes que, apesar de não residirem no Oeste, trabalham ou estudam nos 12 municípios .

Quem precisar de se deslocar entre o Oeste e Lisboa, pode subscrever a modalidade interregional do Passe M Oeste, que para a região da capital tem o custo de 40 €/mês para residentes, trabalhadores ou estudantes (com mais de 23 anos) em qualquer um dos 12 municípios da região do Oeste, ou 80 €/mês para todas as outras pessoas, ou seja, para quem não reside, trabalha ou estuda no Oeste.

O Passe M Oeste também não esquece os não residentes, não trabalhadores e não estudantes (com mais de 23 anos) na mobilidade interna, permitindo que estes possam viajar de forma ilimitada dentro da região por 30 €/mês. No que toca a outras ligações interregionais que não com a área metropolitana de Lisboa, o valor é de 40 €/mês para todos os públicos; note-se que o Oeste tem fronteira também com as regiões de Leiria e da Lezíria do Tejo.

PúblicoRegião OesteOeste + AMLOeste + 1 outra região*
Jovens até aos 23 anos0 €/mês0 €/mês0 €/mês
Residentes, trabalhadores ou estudantes com +23 anos na Região Oeste0 €/mês40 €/mês40 €/mês
Não residentes/trabalhadores/estudantes na Região Oeste30 €/mês80 €/mês40 €/mês
* região de Leiria e da Lezíria do Tejo, com as quais o Oeste tem fronteira

Comboios de fora

Com o Passe M Oeste, os passageiros podem viajar em toda a rede de transportes da região e não apenas numa determinada origem/destino, como acontecia até aqui. O passe abrange todas as carreiras efectuadas pelos operadores rodoviários da região, a saber Barraqueiro Oeste, Boa Viagem e Rodoviária do Oeste, incluindo as que têm destino a área metropolitana de Lisboa. Nestas carreiras com destino para Lisboa, os passageiros sem a modalidade interregional só poderão viajar dentro do Oeste. No novo passe estão também incluídos os serviços urbanos de Alcobaça (CHITA), Caldas da Rainha (TOMA), Carregado (TUC), Óbidos (OBI), Peniche (CUP) e Torres Vedras (TUT).

De fora, ficam apenas os comboios da Linha do Oeste, operados pela CP.

A região do Oeste – ou, melhor, a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) – é a primeira região do país a implementar a medida. Com o novo Passe M Oeste, as viagens em transporte público rodoviário dentro da região deixam de ter encargos para o utilizador e quem quiser deslocar-se para a capital ou para outras regiões limítrofes irá pagar o mesmo que é praticado na área metropolitana de Lisboa. Ou, se for um jovem estudante, nada irá pagar.

A Rodoviária do Oeste é uma das operadoras que assegura o transporte público rodoviário na região (fotografia LPP)

O novo Passe M Oeste vem, assim, garantir a mobilidade gratuita dentro dos seus 12 municípios e uma redução para 40 € da modalidade interregional. Para Pedro Folgado, Presidente da OesteCIM, a região ser a primeira do país a implementar a gratuitidade dos transportes no modelo intermunicipal “é algo que muito nos orgulha, mas é apenas mais um passo no rumo traçado há muito tempo de colocar a sustentabilidade no centro de todas as nossas políticas públicas”, refere numa nota de imprensa.

Quanto à redução dos preços dos passes interregionais é um trajeto que a região do Oeste iniciou em 2019. “Há seis anos, quem quisesse ir e vir todos os dias de transportes para Lisboa pagava 183,15 euros por mês no passe mais caro, mas a partir de 1 de Janeiro vai desembolsar 40 euros, o mesmo que paga quem vai de Cascais ou de Almada para a capital. É uma enorme poupança para as famílias”, sublinha Paulo Simões, Secretário Executivo da OesteCIM.

Ainda há muito a fazer

Este é um investimento superior a 12 milhões de euros, dos quais três milhões são para assegurar a gratuitidade, o que vai ao encontro da estratégia de longo prazo da OesteCIM, um território que se diz “com características naturais, culturais e geográficas únicas, ao que se adiciona agora um extraordinário reforço na mobilidade como elemento estruturante para facilitar a vida de quem vive, de quem o visita e de quem aqui pretenda investir”, é indicado no mesmo comunicado. O objectivo da medida, segundo a OesteCIM, é “apoiar a descarbonização, reduzir os custos das famílias e democratizar o acesso ao transporte público, tornando a mobilidade mais acessível e inclusiva para todos”.

No entanto, ainda há um caminho a percorrer, como a unificação de todas as marcas – Barraqueiro Oeste, Boa Viagem e Rodoviária do Oeste, etc – dentro de uma marca única, semelhante à Carris Metropolitana, bem como a introdução dos dados destes operadores/marcas nas plataformas digitais de navegação como o Google Maps ou o Moovit, permitindo que os passageiros possam pesquisar carreiras e horários de forma fácil e prática.

Para fazer o Passe M Oeste, basta dirigir-se a um balcão de atendimento de qualquer um destes operadores para entregar a documentação necessária. O custo do cartão de suporte ao passe é de 7 €, sendo a sua emissão feita no prazo máximo de 10 dias úteis.

Mais informações podem ser encontradas aqui.

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