E se as estações e interfaces de transporte passassem para a TML?

O Governo pode vir a transferir a gestão das estações de comboio e interfaces de transporte da Infraestruturas de Portugal (IP) para a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), empresa que gere o Navegante e a Carris Metropolitana.

Comboio da Linha de Sintra na Gare do Oriente (fotografia LPP)

E se as estações de comboio e gares intermodais da área metropolitana de Lisboa passassem a ser geridas pela Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) em vez de pela Infraestruturas de Portugal (IP)? O Governo está a estudar essa possibilidade. “No caso de Lisboa, estamos a avaliar a transferência de alguns equipamentos que hoje estão do lado da Infraestruturas de Portugal, nomeadamente grandes estações, grandes gares intermodais, para gestão metropolitana”, afirmou recentemente o Ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, citado pelo jornal ECO.

O governante falava no Porto, durante a tomada de posse do Conselho de Administração da nova Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), empresa que agora assume a gestão do sistema de bilhética Andante e da rede metropolitana de autocarros Unir. Este modelo segue o exemplo da Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde a sua TML gere, desde 2022, o passe Navegante e a Carris Metropolitana. Em Lisboa, há muito que se discute a possibilidade de a TML assumir novas competências, incluindo a gestão do transporte fluvial entre as duas margens do Tejo, actualmente a cargo da Transtejo Soflusa (TTSL), uma empresa sub tutela do Governo.

Mas, agora, surge a hipótese de a TML também passar a gerir as estações ferroviárias e os interfaces de transporte, estruturas cruciais para a mobilidade metropolitana.

A Gare do Oriente é um dos principais hubs de transportes da Lisboa Metropolitana, integrando comboios suburbanos, regionais e de longo curso, autocarros urbanos (Carris), suburbanos (Carris Metropolitana) e de longo curso (Rede Expressos e Flixbus), além de uma estação de Metro. Actualmente, a gestão desta complexa rede de transportes cabe à Infraestruturas de Portugal (IP), empresa responsável pela rede ferroviária nacional e pelas principais vias rodoviárias do país.

A IP detém todas as estações ferroviárias do país, com excepção das do eixo da Fertagus, que pertencem à concessão desta operadora privada. Isto inclui não só a Gare do Oriente, mas também estações centrais como Cais do Sodré, Entrecampos e Sete Rios, que funcionam como importantes interfaces multimodais. A transferência da sua gestão para a TML poderia trazer vantagens significativas, permitindo uma maior integração entre os diferentes modos de transporte e melhorando a experiência dos passageiros, uma vez que a TML tem um melhor conhecimento de proximidade das necessidades e realidades do território metropolitano de Lisboa.

Para Miguel Pinto Luz, a Infraestruturas de Portugal “é uma empresa muito grande”, comparando-a a um “navio-almirante das infraestruturas”. O Ministro reconhece, segundo o ECO, o trabalho desenvolvido pela IP, mas sublinha que a empresa “tem de se focar no que tem de fazer; não tem que fazer tudo e em todos os momentos”, sublinhando que a AML, através da TML, pode “fazer bem” algum do trabalho que está a cargo da IP.

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