Câmara de Lisboa compromete-se com uma cidade a 30 km/h mas com vias rápidas

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Photo : Mário Rui André/Lisbon For People

O acidente mortal de uma jovem de 16 anos, atleta do Sporting, numa passadeira no Campo Grande e de bicicleta na mão lançou de novo o tema da segurança rodoviária. Uma gigante e histórica manifestação, em empatia com a vítima, ecoou uma mensagem: 30 km/h por toda a cidade. Mas a Câmara não quer reduzir a velocidade de forma tão linear.

Ao jornal Público, o vereador da Mobilidade de Lisboa, Miguel Gaspar, disse que a cidade está pronta para tornar os 30 km/h uma norma, impondo esse limite de velocidade na maior parte da rede viária, mas com as excepções das vias rápidas, como o Campo Grande ou as Avenida da República e dos Estados Unidos da América, ali ao mesmo ao lado.

Estas artérias são consideradas vias de distribuição principal e a velocidade máxima é geralmente de 50 km/h, segundo o Plano Director Municipal (PDM). Na hierarquia de vias, estão acima destas as vias estruturantes como a Segunda Circular e o Eixo Norte/Sul, onde a velocidade máxima é de 80 km/h. Depois existem as vias de proximidade e de acesso local e é aqui que a Câmara quer reduzir a velocidade – muitas das vezes fixa em 50 km/h – para 30 km/h. “São mais de 800 quilómetros de rede viária”, sublinha Miguel Gaspar.

Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), em 2017 morreram 16 pessoas nas estradas lisboetas, 10 em 2018 e oito em 2019. Ao Público, Miguel Gaspar refere que “não há nenhuma obra [na cidade] que não incorpore princípios de acalmia de tráfego” et que aguarda da ANSR a aprovação da regulamentação para se poderem instalar radares e câmaras que detectem quando um automobilista desrespeita um sinal vermelho. “É inacreditável como chegamos a 2020 e as cidades não têm mecanismos para estas situações”, critica. A Câmara encomendou, em Maio. 20 radares deste género.

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