
As primeiras 10 árvores de fruto foram plantadas, esta segunda-feira, naquele que será o futuro pomar de Monsanto. O pomar, que estará implantado em socalcos, terá um perímetro de vedação e parte dos produtos será vendido enquanto parte será doado. O projeto envolve a comunidade prisional, em fase final de cumprimento de penas, resultando, por isso, de um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Direção Geral dos Serviços Prisionais.
Numa primeira fase, o pomar compreenderá 656 árvores abrangendo espécies como limoeiros, tangerineiras, macieiras, figueiras, pessegueiros, pereiras, entre outras, e estará concluído até ao final deste ano, representando no seu conjunto um investimento de 50 mil Euros. A fase de plantação passará, nesta época, pelos primeiros 285 exemplares, sendo as restantes 371 para o Outono. Numa segunda fase com início em ainda em 2021, o projecto envolverá a reabilitação de um olival e de um amendoal pré-existente.

A primeira fase terá também uma área para cultivo hortícola, dentro dos mesmos moldes, havendo disponibilização de parte dos cerca de 10 mil metros quadrados para talhões a atribuir à população, no que será o primeiro parque hortícola municipal no Parque Florestal de Monsanto. Com esta acção, a Câmara Municipal de Lisboa prevê abrir um novo polo de interesse no Parque Florestal de Monsanto, florestando uma encosta ainda despida da Serra, pertença da Direção Geral. Nestes terrenos, o acordo entre as duas entidades garante o acesso de visitantes a um novo miradouro sobre o pomar com vista sobre a cidade e a usufruto de áreas de prado e olival. A circulação far-se-á por trilhos ligeiros sobre o terreno existente.

A parceria entre a Câmara de Lisboa e os Serviços Prisionais pretende envolver na gestão agrícola a comunidade prisional em fase final de cumprimento de penas, que já tenha realizado reaproximação ao meio livre, quer por terem beneficiado de Licenças de Saída Jurisdicionais, Saídas de Curta duração e cumprindo pena em regime aberto com vigilância descontínua. “Esta actividade permitirá criar, manter e desenvolver capacidades e competências facilitadoras de um retorno harmonioso e responsável à liberdade e à vida em sociedade, convertendo o tempo da pena privativa de liberdade em fator de formação e de criação de hábitos vinculativos de trabalho”, refere a autarquia em comunicado.