Em breve, saberemos exactamente quantas pessoas circulam nas ciclovias de Lisboa. Arrancou a instalação de um total de 34 sensores pela rede ciclável da cidade.
Em breve, saberemos exactamente quantas pessoas circulam nas ciclovias de Lisboa. Arrancou a instalação de um total de 34 sensores pela rede ciclável da cidade. Podemos vê-los no Campo Grande e ao longo da Avenida da República, um dos eixos mais procurados, mas também na ainda inacabada ciclovia da Avenida de Berna, na Avenida Lusíada ou na controversa Avenida Almirante Reis. Os sensores são constituídos por um poste alto e uma pequena câmara/radar apontada para a ciclovia; são alimentados a energia solar.
Além dos 34 sensores, serão instalados dois ecrãs que vão mostrar praticamente em tempo real informação sobre o tráfego de ciclistas na cidade. Estes visores deverão mostrar a quantidade de velocípedes diários e anual, bem como a poupança nas emissões de dióxido de carbono diária e anual (acumulada). No total, este é um investimento de 178,9 mil euros do lado da EMEL e está a ser concretizado pela empresa Fernando L. Gaspar – Sinalização e Equipamentos Rodoviários, S.A., que venceu o appel d'offres public (no valor de 330 mil euros), no qual participaram também a NOS, a Siemens, a CME e a Soltráfego.
Actualmente, existe em Lisboa apenas um contador de ciclistas, localizado na Avenida Duque d’Ávila no lado do McDonald’s. Os dados desse sensor são públicos e têm vindo a mostrar um crescimento na utilização daquele troço de ciclovia, especialmente no último ano. Em Março foram registadas 60 mil passagens naquele corredor, um pico histórico; por ali passam cerca de 2 mil bicicletas por dia, o que significa um crescimento de 820% em relação a 2016. A monitorização das restantes ciclovias é feita de forma manual, através de contagens observacionais, em Maio e em Outubro, por parte de uma equipa do Instituto Superior Técnico, que analisa e interpreta os resultados, produzindo um relatório detalhado sobre como as pessoas estão a usar a infraestrutura ciclável da Lisboa.
De acordo com o caderno de encargos do concurso, a EMEL procurava sensores que pudessem ser embutidos no pavimento (como o da Duque d’Ávila) ou através de câmara/radar (a opção que acabou por ser seleccionada). “No caso de serem do tipo radar ou câmara, é necessário que os mesmos sejam instalados para que a deteção seja realizada reduzindo o erro de contagem (…) e com uma distância de detecção nunca inferior a 100 metros.” O erro de contagens deverá ser de cerca de 5%, conforme especificado no caderno de encargos.
Os dados de cada um dos 34 contadores deverão ser disponibilizados em modo aberto através de API e do site EMEL Open Data, como já acontece com outros tipos de dados. Segundo a EMEL, esta é a localização dos sensores de contagem de bicicletas:
- Telheiras – Terminal Campo Grande
- Alameda dos Oceanos – CC Vasco da Gama
- Avenida Lusíada – Estrada Benfica
- Jardim do Campo Grande
- Ciclovia Ribeirinha – Ponte 25 Abril – Café In
- Avenida Marechal Gomes da Costa
- Alameda das Linhas de Torres
- Avenida General Correia Barreto (R Benfica)
- Avenida do Colégio Militar
- Rua Conde de Almoster
- Avenida do Brasil – Mata de Alvalade
- Avenida de Berna – Praça de Espanha
- Praça de Espanha – Avenida de Berna
- Avenida dos Combatentes
- Praça de Londres
- Avenida Índia – Centro de Congressos
- Avenida Infante Dom Henrique – Terminal Cruzeiros
- Avenida Almirante Reis
- Marquis de Pombal
- Av. 24 de Julho – Mercado da Ribeira
- Braço de Prata
- Avenida de Berlim – Viveiros
- Avenida do Brasil – Campo Grande
- Avenida Brasília – Champalimaud
- Avenida da Índia – CCB
- Av. República – Av. Antº. Serpa/Av. Júlio Dinis
- Av. República – Av. Dq. D’Ávila/Pç. Dq. Saldanha
- Av. Fontes Pereira de Melo – Palácio Sotto Mayor
- Av. Fontes Pereira de Melo – Palácio Sotto Mayor
- Entrecampos – Campo Grande/Av. Forças Armadas
- Rua Áurea
- Alameda dos Oceanos – JF Parque das Nações
A tabela e o mapa em baixo mostram as primeiras localizações previstas para os sensores, à data de Março de 2020 – no entanto, houve alterações devido a mudanças nos projectos da rede ciclável (por exemplo, foi criada ciclovia na Almirante Reis e não na Gago Coutinho; a da Avenida da índia não avançou e foi feita uma ciclovia na Avenida de Berna).
