A operação da Carris Metropolitana vai arrancar primeiro em cinco municípios a sul do Tejo. Revolução nos transportes da região metropolitana de Lisboa vai começar já em Junho em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal. Restantes municípios – com excepção de Barreiro, Lisboa e Cascais – só em Julho.
A partir de 1 de Julho, todos os autocarros da Área Metropolitana de Lisboa (AML) terão a mesma cor amarela, o mesmo nome, os mesmos bilhetes e uma rede pensada em conjunto. Será a entrada em funcionamento em pleno da Carris Metropolitana, uma revolução sem paralelo na mobilidade da região metropolitana de Lisboa. Mas um mês antes a Carris Metropolitana arrancará em cinco municípios, que servirão de piloto.
A partir de 1 de Junho, a Carris Metropolitana entrará em funcionamento em cinco concelhos da margem sul – nos municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, que representam o quarto lote da operação da futura marca de transportes rodoviários da AML. A Carris Metropolitana será operada, nesta zona, pelo consórcio de empresas Alsa Todi, formado pela NEX Continental e a Transportes Luísa Todi, que vai substituir a Transportes Sul do Tejo.
Nesse lote – o mais pequeno dos quatro lotes –, a operação da Carris Metropolitana terá 154 linhas de autocarros, das quais 30 serão novas, não tendo sido ainda reveladas quais. Mas sabe-se que a Carris Metropolitana terá carreiras urbanas, que circularão dentro de cada cidade e município, e carreiras intermunicipais, para fazer ligação a concelhos vizinhos.
| Comtés | Opérateur | Oferta |
|---|---|---|
| Lote 1 – Amadora, Oeiras e Sintra (+ Lisboa e Cascais) | Viação Alvorada | 192 linhas, das quais 41 são novas e 83 são reforçadas |
| Lote 2 – Mafra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira | Gare routière de Lisbonne | 327 linhas, das quais 41 são novas e 134 são reforçadas |
| Lote 3 – Almada, Seixal e Sesimbra | Transportes Sul do Tejo | 149 linhas, das quais 50 são novas e 56 são reforçadas |
| Lote 4 – Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal (+ Barreiro) | Alsa Todi | 154 linhas, das quais 30 são novas e 74 são reforçadas |
Na margem sul, a Carris Metropolitana só não irá operar no Barreiro, uma vez que este concelho tem a sua empresa rodoviária municipalizada – por isso, a TCB (Transportes Colectivos do Barreiro) continuará a existir e existirão carreiras intermunicipais da Carris Metropolitana a chegar ao Barreiro e a partir deste município. O mesmo irá acontecer em Lisboa e em Cascais, onde a Carris e a MobiCascais continuarão a operar em articulação com a futura Carris Metropolitana. Os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra só irão receber a Carris Metropolitana em Julho, uma vez que pertencem ao lote 3.
A Carris Metropolitana vem dar continuidade a “uma revolução sem paralelo na mobilidade da região metropolitana de Lisboa, que tem por objectivo a promoção da qualidade de vida e uma alteração da repartição modal a favor dos transportes públicos e da mobilidade sustentável”, refere em comunicado a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), que será responsável pela operação da Carris Metropolitana por toda a AML.
O investimento de cerca de 1,2 mil milhões de euros realizado com a operação da Carris Metropolitana permitirá aumentar o serviço de transporte rodoviário em cerca de 35 %, que se traduzirá em mais carreiras, mais percursos e circulações, autocarros mais modernos, mais eficientes e ambientalmente mais sustentáveis, e mais qualidade no serviço prestado.
A rede de serviço de autocarros, desenhada pela Área Metropolitana de Lisboa em conjunto com os 18 municípios, será composta por cerca de 820 linhas rodoviárias, que servirão aproximadamente 2,8 milhões de potenciais utilizadores, passando o serviço a pertencer à “marca única e integradora” Carris Metropolitana.
“As melhorias a implementar terão ainda em consideração uma integração tecnológica e um planeamento e ajustamento do serviço às necessidades existentes, a promoção da pontualidade, regularidade, confiabilidade do sistema e uma maior simplificação das redes e serviços a prestar”, informa a TML
A sustentabilidade ambiental será promovida, através da renovação e qualificação da frota, com uma diminuição da idade média dos autocarros de 15 anos para menos de um ano e a inclusão de uma cota de veículos não poluentes e energeticamente eficientes, com medidas de eco-condução, condução económica, segura e confortável. Está ainda prevista uma melhoria do foco e atenção ao passageiro, com o alargamento da rede de vendas e serviços de apoio e gestão centralizada da informação.
A Carris Metropolitana será apresentada oficialmente nesta sexta-feira, 1 de Abril.
