Carris Metropolitana termina primeiro ano de operação global com mais procura

A Carris Metropolitana transportou um total acumulado de 141,5 milhões de passageiros em 2023, o primeiro ano em que esteve a operar simultaneamente nos 18 municípios da área metropolitana. Comparando os primeiros meses de 2023 e 2024, houve um crescimento da procura na ordem dos 40%.

Carris Metropolitana na Venda do Pinheiro, Mafra (fotografia LPP)

No mês de Janeiro, a Carris Metropolitana transportou 13,6 milhões de passageiros, o que representa um crescimento de passageiros transportados de 43% face ao mesmo mês de 2023 (acréscimo de 4,1 milhões de passageiros transportados). Também em Fevereiro de 2024 (13,3 milhões de passageiros transportados) registou um aumento de passageiros de 37% face ao período homólogo de 2023 (acréscimo de 3,6 milhões).

Este aumento de procura “reflete a estabilização e o incremento do serviço da Carris Metropolitana que se pretende gradualmente melhorado, cada vez mais atractivo, focado nas pessoas e nas suas necessidades, constituindo e afirmando-se como uma real alternativa ao transporte individual”, aponta a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) em comunicado.

2023 foi o primeiro ano em que a Carris Metropolitana esteve a operar simultaneamente nos 18 municípios da área metropolitana de Lisboa (amL), depois de a expansão para a Margem Norte ter sido atrasada do Verão de 2022 – quando se iniciou a operação da Carris Metropolitana apenas na Margem Sul, com vários problemas – para Janeiro do ano passado.

Neste primeiro ano global, concretizou-se uma “gradual capacitação humana nos quatro prestadores de serviço, com o incremento do número de profissionais”, o que permitiu assegurar a concretização de mais de 21 mil viagens diárias entre as mais de 12 mil paragens de autocarro da amL. “Esta realidade traduziu-se em mais de 20% de horários e mais de 30% de quilómetros face ao serviço anteriormente existente”, acrescenta a TML.

“Durante este período, desenvolveu-se um processo de melhoria contínua, de simplificação da rede, ajustes e reforços nos horários e percursos, mais alinhados com as necessidades das pessoas, terminando o ano de 2023 com 141,5 milhões de passageiros transportados, pode ler-se na mesma nota da TML, onde é explicado também que, “em 2024, a tendência de progressiva captação de mais passageiros continua a verificar-se e a Carris Metropolitana já atingiu números máximos de passageiros transportados superiores a 610 mil por dia útil.

Ao todo, existem 1700 autocarros na frota global da Carris Metropolitana e são hoje mais de três mil os trabalhadores que diariamente garantem esta operação rodoviária de transporte público. Destes três mil trabalhadores, cerca de 20% são mulheres: na Área 1 (Amadora, Oeiras e Sintra) de operação da Carris Metropolitana, o serviço é assegurado por 119 mulheres, na Área 2 (Mafra, Vila Franca de Xira, Odivelas e Loures) por 127 mulheres, na Área 3 (Almada, Seixal e Sesimbra) por 131 e na Área 4 (Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal) por 63. Já na TML existem 65 trabalhadores.

A Carris Metropolitana é uma iniciativa dos 18 municípios da amL que, através da TML, funde a operação rodoviária de toda a amL numa mesma imagem e nível de serviço, “focado no serviço às populações, com um elevado grau de complexidade tecnológica e operacional, neste caso, sobretudo pela dimensão geográfica e populacional”. A Carris Metropolitana opera as redes rodoviárias municipais para 15 dos 18 municípios (Barreiro, Cascais e Lisboa mantêm as operações locais) e a totalidade da operação rodoviária intermunicipal dos 18 municípios metropolitanos.

“Reduzindo a idade média da frota em operação, introduzindo melhorias na performance ambiental nas viaturas, prestando mais e melhor informação ao público – que é também uniformizada e simplificada à escala metropolitana – e aumentando a oferta do que era praticado antes da entrada em funcionamento, a Carris Metropolitana continua a trabalhar no sentido de criar opções de mobilidade para assegurar um transporte público de qualidade”, nota a TML.

Uma boa fase no transporte público

De um modo geral, o transporte público está a passar por uma fase positiva em termos de procura, depois da pandemia. Os resultados preliminares de 2023 do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam um crescimento no transporte de passageiros nas grandes cidades, não só em relação ao ano anterior, mas também ao pré-pandemia (2019). Os comboios suburbanos de Lisboa e Porto transportaram, no ano passado, 184,0 milhões de passageiros, mais 18,7% do que em 2022. Já no modo fluvial, a nível nacional (além do Tejo, os dados incluem os serviços do Sado, de Aveiro, etc), houve em 2023 aumentos de 21,5% no número de passageiros transportados (23,4 milhões) face ao ano anterior, em que se registaram aumentos mais acentuados (de 44,6%). Face a 2019, registou-se um aumento de 2,6% no número de passageiros fluviais.

Por último, em relação aos sistemas metropolitanos (na amL, são o Metro de Lisboa e o MTS), o INE aponta um aumento deste modo no último trimestre de 2023, apesar de ainda não ter atingido os níveis de 2019. O Metro de Lisboa teve, no final do passado, 44,0 milhões de passageiros transportados, o equivalente a uma subida de 11,4% face ao quarto trimestre de 2022, embora 12,9% abaixo do registo do quarto trimestre de 2019. Já o MTS movimentou, também no último trimestre de 2023, cerca de 4,8 milhões de passageiros, ou seja, mais 15,3% face ao mesmo período de 2022 e mais 9,2% face ao mesmo período de 2019.

Os resultados anuais preliminares de 2023 apontam para um acréscimo de 20,5% no número total de passageiros transportados nos sistemas metropolitanos nacionais (inclui Metro de Lisboa, Metro do Porto e MTS) face ao ano anterior, após um aumento de 58,6% em 2022 e uma redução de 2,4% em 2021. Comparativamente a 2019, o transporte de passageiros por metropolitano decresceu 2,7% em 2023. O INE indica que o Metro de Lisboa transportou, no ano passado, um total acumulado de 165,8 milhões de passageiros e o MTS 17,9 milhões de passageiros.

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