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Um verme migrante que afinal se chamava Diogo

As luzes azuis da polícia não demoraram a juntar-se aos restantes farrapos de cor que emanavam do chão, mas a sua pulsação intermitente serviu de aviso para finalmente pararmos de beber cerveja e arrancarmos para casa. Num último olhar, conseguimos ver os indivíduos do sudeste asiático ainda espalhados ao comprido no chão.

As luzes azuis da polícia não demoraram a juntar-se aos restantes farrapos de cor que emanavam do chão, mas a sua pulsação intermitente serviu de aviso para finalmente pararmos de beber cerveja e arrancarmos para casa. Num último olhar, conseguimos ver os indivíduos do sudeste asiático ainda espalhados ao comprido no chão.

Fotografia ilustrativa, cortesia de Élio Mendes

Um grito inesperado cortou aquela descontração com que repetíamos o último copo da noite, vez após vez. A verdade é que todos os lisboetas são meio morcegos (até os honorários), aprendem a também viver de noite. E quando ouvimos um grito, o nosso sonar felpudo procurou de imediato o conflito. 

Podia ser um serão como outro qualquer, mas já estava frescote. Um certo atraso na chamada do uber era um elogio à forma como os nossos amigos são bons conversadores e ainda melhores companhias. Numa zona da cidade de Lisboa que era única, mas cujo o divertimento era como outro qualquer, a luz característica brilhava na forma como pela estrada molhada conseguimos ver a grande difusão das cores dos letreiros, dos hotéis, dos negócios — como se o néon para além de flutuar, também se espalhasse ao comprido na cidade (tal como todos nós, de vez em quando, porque isso faz parte da vida).

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