Fomos do Martim Moniz ao Intendente pela Rua do Benformoso. As perguntas que surgem vão sendo muitas. Parte delas nem precisam de resposta. A dinâmica, as ruas e as praças falam por si e este eixo, no centro de Lisboa, parece mais vivo que nunca. Que histórias ficaram por contar?

O som que se ouvia ao redor das quatro pessoas que se encontravam à porta do Bangla não soava a música de baul, mas recordava a música tradicional do Bangladesh que Monisha Sur, artista bengalesa, interpretou uma e outra vez junto à porta do conhecido restaurante da Rua do Benformoso, em Lisboa.
Rana Taslim Uddin, de 57 anos, conhece o Benformoso como poucos. Esperava que nos encontrássemos lá, no Bangla. No entanto, o motivo do nosso encontro transformou-se num dever que tinha de concretizar: traduzir documentação para um contrato de trabalho.
Desde 1991 que vive por aqueles lados. A diferença é que antes não chegavam a uma dezena de conterrâneos. Hoje são milhares e, sem grandes demoras, Rana reconhece estes milhares como seres responsáveis da “nova luz” que o eixo Intendente-Martim Moniz ganhou.