Uma recomendação do partido Livre foi aprovada, esta terça-feira, dia 11 de Novembro, na Assembleia Municipal de Lisboa. Pede-se ‘Mais Segurança para os Ciclistas em Lisboa!’. “Mesmo perante todos os investimentos em infraestrutura ciclável efectuados pela Câmara Municipal de Lisboa, o sentimento de insegurança de quem usa a bicicleta na cidade de Lisboa ainda é uma constante. Esta é uma realidade que é urgente alterar na cidade de Lisboa, não só para prevenir que se voltem a repetir tragédias como a que ocorreu no Campo Grande em Julho passado, como para incentivar e promover os modos de mobilidade suave”, lê-se no documento disposto a votação.
O Livre deixa 10 recomendações à Câmara Municipal de Lisboa:
- Avaliar o estado do Plano de Expansão da Rede de Ciclovias e que estude a necessidade de aumento da rede ciclável prevista no plano e que o mesmo seja actualizado em função das conclusões desse estudo
- Avaliar as condições de segurança e conforto oferecidas pelas ciclovias já existentes na cidade e garantir que todas as ciclovias em construção e que venham a ser construídas, oferecem todas as condições aos seus utentes.
- Que cumpra a construção das ciclovias pop-up que estão anunciadas e que ainda não foram construídas e que estas ciclovias sejam, sempre que possível, segregadas dos passeios e vias de circulação rodoviária.
- Que promova mais medidas de redução e acalmia de tráfego em mais zonas da cidade, de forma a permitir uma coabitação mais segura entre automobilistas, ciclistas e peões.
- Que procure assegurar a gratuitidade dos sistemas públicos de bicicletas partilhadas e a sua articulação com o passe modal e o sistema de bilhética dos transportes públicos.
- Que estude o alargamento de passeios na cidade e que o execute onde se verificar que faz sentido.
- Que promova campanhas de sensibilização para a segurança nas estradas, com ênfase na segurança dos peões e ciclistas.
- Que aumente e melhore, dentro das suas possibilidades e competências, a fiscalização rodoviária na cidade de Lisboa de forma a assegurar o cumprimento das normas de trânsito e de segurança de todos os que circulam na cidade.
A recomendação foi votada por pontos, isto é, os diferentes partidos da Assembleia Municipal puderam expressar o seu sentido de voto em relação a cada ponto da recomendação ao invés de o fazerem como um todo. Os pontos 2, 4, 6, 7 e 8 foram aprovados por unanimidade; em relação aos restantes pontos, foram aprovados por maioria:
- PS, PCP, BE, PAN, PEV, MPT e os deputados independentes António Avelãs, Ana Gaspar, Eduardo Viana, Joana Alegre, José Alberto Franco, Miguel Graça, Patrícia Gonçalves e Teresa Craveiro concordam com uma avaliação ao actual plano de expansão da rede ciclável. PSD, CDS-PP, PPM e os deputados independentes Raul Santos e Rodrigo Mello Gonçalves abstiveram-se;
- PS, BE e PAN concordam com o cumprimento do plano das ciclovias pop-up e com a sua execução fora dos passeios. PSD, CDS-PP, PEV, PPM e Rodrigo Mello Gonçalves discordam. PCP, MPT e Raul Santos abstiveram-se;
- PS, PSD, BE, PAN, PEV, MPT, António Avelãs, Ana Gaspar, Eduardo Viana, Joana Alegre, José Alberto Franco, Miguel Graça, Patrícia Gonçalves e Teresa Craveiro são a favor da gratuitidade da GIRA e da sua articulação com os transportes públicos. CDS-PP, PCP, PPM, Raul Santos e Rodrigo Mello Gonçalves abstiveram-se.
No site da Assembleia Municipal, é dada a nota de que o deputado independente Rui Pedro Costa Lopes “não participou na apreciação e votação desta Recomendação por se encontrar impedido para o efeito”.
