Faculdade de Ciências de Lisboa instala sensores para estudar utilização da bicicleta pela comunidade

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A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) vai andar a contar quantos estudantes e professores chegam de bicicleta ou trotineta durante cinco meses. Dados serão usados para planeamento de medidas futuras.

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A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) quer saber quantos estudantes e professores chegam de bicicleta ou trotineta, e já instalou o primeiro de três sensores que vão estar a recolher dados em três acessos à faculdade. Os três sensores vão estar instalados junto aos acessos à FCUL onde existem estações GIRA.

Cada sensor é composto por dois tubos, que detectam a passagem de passagem de bicicletas e trotinetas. O primeiro equipamento foi instalado no dia 16 de Novembro na entrada da rua de acesso ao edifício C7 (rua interior à Alameda da Universidade), perto da estação GIRA 480 – Faculdade de Ciências. Os outros dois serão colocados junto às estações 479 – Rua Professor Oliveira Marques e 481 – Museu da Cidade/Campo Grande.

O objetivo do estudo é diagnosticar a utilização da mobilidade suave por parte da comunidade da FCUL. Segundo a faculdade, o conhecimento desta realidade servirá de base para planear medidas de promoção de utilização da bicicleta e da trotineta nas deslocações quotidianas de estudantes e professores. O trabalho está a ser realizado no âmbito do projecto europeu Tr@nsnet, que visa, através da experimentação de diferentes soluções, o desenvolvimento de um modelo de laboratório vivo universitário, direccionado para as questões da transição ecológica.

O trabalho com os sensores deverá prolongar-se até ao final de Março de 2023, sendo que os resultados vão poder ser acompanhados em tempo real ici.

A instalação dos sensores vai permitir um retrato mais complexo da realidade da mobilidade suave na FCUL, depois de já ter sido feita uma análise preliminar da utilização da bicicleta e da trotineta através de contagens manuais. Este levantamento inicial permitiu identificar a intensidade de circulação de modos suaves de mobilidade e localizar as principais vias de entrada destes veículos, informações que serviram de base para preparar a segunda fase do estudo, com a instalação dos sensores.

Entre os resultados obtidos, estão os seguintes:

  • Durante o período lectivo, observou-se uma utilização média diária de modos suaves de 172 veículos (161 bicicletas, 11 trotinetas), na época de exames este número foi de 110 veículos (99 bicicletas, 11 trotinetas);
  • Verificou-se uma preferência pela utilização de bicicletas relativamente às trotinetas, em particular pelas bicicletas GIRA;
  • Cerca de 85% dos modos suaves utilizados correspondem a meios de transporte partilhados;
  • Durante o período lectivo, o ratio de utilização de modos de mobilidade suave em relação ao automóvel foi de 3/8, concluindo-se que cerca de 8% das pessoas que se deslocam à FCUL o fazem utilizando bicicleta ou trotineta;
  • Durante a época de exames, o ratio foi de 1/4, concluindo-se que 9% das pessoas se deslocam para a FCUL utilizando bicicleta ou trotineta;
  • Entre 2020 e 2022, foi registado um aumento de ~20% da utilização de bicicletas GIRA com a abertura de duas novas estações junto ao campus.
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