A Junta de Freguesia da Ajuda abriu o Biklas Parque, um estacionamento coberto para bicicletas no Mercado da Ajuda, com 34 lugares e mensalidades entre os 5 e 15 €. O espaço visa apoiar os residentes sem local para guardar bicicletas e também dinamizar o mercado. Inspirado nos Biciparks da EMEL, o Biklas Parque funciona diariamente das 7 às 19 horas, sendo o acesso feito através de um código pessoal.
Prédios sem garagem, sem elevador e com escadas estreitas, onde também não há espaço no rés-do-chão para guardar bicicletas. Em muitos casos, os próprios condomínios proíbem o estacionamento de bicicletas na entrada. Esta é a realidade de muitas habitações em Lisboa e um entrave a uma maior adopção da bicicleta como meio de transporte.
Quem viva perto do Mercado da Ajuda tem agora um estacionamento seguro para a sua bicicleta por apenas 10 €/mês – ou 5 €/mês, se for residente na freguesia. A Junta de Freguesia da Ajuda lanço, esta semana, um parque de estacionamento coberto para bicicletas, uma iniciativa que tem em vista ajudar as novas famílias que têm chegado à freguesia e que procuram um estilo de vida sem carro.
A Junta de Freguesia da Ajuda inspirou-se na rede de Biciparks da EMEL para criar o seu Biklas Parque. O primeiro está localizado no Mercado da Ajuda, perto da Boa Hora, e tem 34 lugares: a maioria dos espaços são verticais (as bicicletas ficam penduradas), sendo que, dos 34, cinco lugares horizontais em suportes onde se encaixa a roda da bicicleta. Está prevista a colocação de suportes em “U” para bicicletas mais pesadas.
Os lugares suspensos (verticais) custam 10 €/mês e os horizontais 15 €/mês, sendo que quem é residente na freguesia da Ajuda (ou seja, tem o Cartão Minha Ajuda) tem 5 € de desconto neste tarifário. A cada utilizador é atribuído um lugar numerado e deverá estacionar a sua bicicleta sempre nesse espaço, prendendo-a com o seu cadeado.
A inscrição tem de ser feita presencialmente no Espaço Cidadão do Mercado da Ajuda e, uma vez inscrito, o utilizador tem um código pessoal de acesso ao parque e depois de fazer o pagamento mensalmente para continuar a ter acesso à estrutura. O Biklas Parque funciona todos os dias entre as 7 e as 19 horas, ou seja, as bicicletas podem ser tiradas e guardadas dentro deste horário, mas podem ficar no estacionamento 24 horas/dia.
A Junta de Freguesia diz que um dos objectivos com o Biklas Parque é dinamizar o Mercado da Ajuda, mas também dar resposta a algumas solicitações que recebeu de casais jovens sem forma de guardar a bicicleta em casa. Para resolver este problema, a EMEL lançou, em 2021, uma rede de estacionamentos seguros para bicicletas, em alguns dos seus parques de estacionamento. No entanto, esta rede, chamada de Bicipark, é insuficiente, tendo apenas 13 localizações, o que não cobre uma grande parte da cidade. Mas, na Ajuda – e em toda a zona ocidental da cidade –, não existe nenhum Bicipark.
Inspirado nos parques da EMEL
A Junta diz que se inspirou nos Biciparks da EMEL mas também em soluções criadas por alguns centros comerciais para criar o seu estacionamento para bicicletas. O Biklas Parque está localizado numa área do parque de estacionamento do Mercado que não tinha utilização e que foi adaptada, com a construção de uma pequena “casinha” fechada. O acesso ao parque é autonónomo; o utilizador apenas tem de introduzir o seu código para a porta abrir. Estando lá dentro, basta pressionar um botão para sair.
A Junta da Ajuda diz que vai tentar perceber o funcionamento do espaço e está disponível para perceber as vontades e necessidades dos utilizadores. Há disponibilidade para aumentar o estacionamento, caso a adesão venha a superar as expectativas, e também para preenchê-lo de outra forma, tendo em conta o feedback. Mais informações sobre o Biklas Parque podem ser encontradas aqui.
A rede BiciPark, lançada em 2021 pela EMEL, não teve qualquer expansão desde então. No entanto, a empresa municipal de mobilidade de Lisboa tem estado a trabalhar numa melhoria deste serviço, com uma “desmaterialização do processo de subscrição e renovação do serviço”, bem como com um alargamento da rede a mais parques de estacionamento da EMEL para que “no, final de 2024, 25% da população residente na cidade” tivesse um BiciPark a “menos de 10 minutos a pé da sua habitação”.
Paralelamente, a EMEL previa instalar BiciParks junto das grandes interfaces multimodais, a saber: Cais do Sodré, Oriente e Sete Rios, “contribuindo para a integração da bicicleta no sistema de transportes públicos colectivos, e em particular na melhoria das ligações de Lisboa com os restantes concelhos da área metropolitana”.
