É da autoria do arquitecto japonês Kengo Kuma a ampliação do Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, obra que deverá acontecer em simultâneo com a construção do Parque Urbano da Praça de Espanha. O projecto, intitulado “Um Parque para a Cidade”, foi apresentado a 10 de Dezembro por ocasião do 50º aniversário do Edifício Sede e do Museu Gulbenkian. Foi o escolhido entre as 12 propostas do concurso de ideias promovido.
O Jardim da Gulbenkian vai ser prolongado para sul a partir do edifício da Colecão Moderna do Museu Calouste Gulbenkian. Este irá ganhar um novo espaço expositivo 700 metros quadrados com ligação ao jardim, à sua luz natural, à sua água, à sua natureza. Será na fachada sul deste edifício que serão construídas duas palas de cerâmica vidrada, uma branca por cima e outra em madeira por debaixo, com cerca de 1600 metros quadrados.
As palas são um dos elementos mais icónicos no projecto que Kengo Kuma preparou para o antigo jardim da Casa de Santa Gertrudes, de Maria Teresa Eugénio de Almeida, viúva do criador da fundação alentejana com este nome, que faleceu em 2017. Este terreno tinha sido adquirido pela Fundação Gulbenkian em 2005, como explica o jornal Público.
O prolongamento do jardim da Gulbenkian, desenhado pelos arquitectos António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles na década de 1960, deverá estar pronto em 2021. As “coincidências felizes que acontecem muitas vezes na vida”, assinalou Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, durante a apresentação, “fizeram com que este projecto se desenvolvesse mais ou menos em simultâneo com que a câmara está a concretizar para a Praça de Espanha, que está mais avançado, correspondendo à criação de um jardim na Praça de Espanha com cerca de 5 hectares, criando uma nova forma de viver o espaço público nesta zona da cidade”.
