Está mais próxima uma Linha do Oeste electrificada e mais rápida

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Fotografia de Mário Rui André/Shifter

Prometida e planeada há vários anos, a electrificação da Linha do Oeste vai finalmente acontecer. Depois de lançado o concurso público, está agora consignada a empreitada para a requalificação de 43 km desta Linha entre a região de Lisboa e Torres Vedras; mais tarde, será electrificado o troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha.

A utilização de comboios eléctricos com as optimizações que serão feitas no traçado da via e a instalação de nova infraestrutura de sinalização e telecomunicações ferroviárias permitirá reduzir o tempo de viagem entre as Caldas e Lisboa e entre Torres Vedras e Lisboa em cerca de 30 minutos, bem como aumentar a oferta de 16 para 48 circulações de comboios, nos dois sentidos. “A modernização da linha do Oeste é uma obra que estas populações aguardam há muitos anos e que, agora, podemos dizer que vai mesmo acontecer”, refere Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação, em comunicado.

A obra, que durará dois anos, está orçamentada em 61,7 milhões de euros e vai estar a cargo de um consórcio formado pelas empresas Gabriel A. S. Couto, S.A., M. Couto Alves, S.A. e Aldesa Construcciones, S.A., sendo da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP). Está planeada a eletrificação integral do troço, numa extensão de 43 quilómetros, a beneficiação de cinco estações e seis apeadeiros, e a criação e melhoria dos acessos às plataformas de passageiros para pessoas com mobilidade condicionada. Está ainda prevista a supressão e automatização de passagens de nível ou a duplicação da via em alguns troços para permitir o cruzamento de comboios sem necessidade de paragem.

Uma vez concluída esta obra, a Linha do Oeste passará a ter comboios directos à estação do Rossio, em Lisboa, através da Linha de Sintra, ligando a toda a restante infraestrutura ferroviária da região. A Linha do Oeste “tem sido alvo de acentuada degradação nos últimos anos”, como reconhece Pedro Nuno Santos, apesar de já ter sido um importante eixo ferroviário em tempos. Entre 2002 e 2005, funcionaram nesta linha comboios Intercidades entre Lisboa-Oriente e Leiria; entre 1991 e 1998, os Intercidades chegaram a ligar Lisboa à Figueira da Foz.

Com um traçado quase paralelo, a Linha do Oeste tem um potencial enquanto alternativa à Linha do Norte, por exemplo, em caso de avaria ou de acidente. Pode ainda servir para aproximar cidades localidades como Mafra, Bombarral, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Marinha Grande, São Martinho do Porto, Torres Vedras, Leiria ou Figueira da Foz à capital.

Em Outubro, a Infraestruturas de Portugal lançou os 40 km entre Torres Vedras e Caldas da Rainha no valor de 40 milhões de euros, obra que, depois de consignada, deverá demorar dez meses. De fora das renovações ficará a restante linha, incluindo a ligação a Leiria.

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