O novo parque verde com 7 hectares que Marvila irá ver nascer

O Parque Urbano da Quinta Marquês de Abrantes terá cerca de sete hectares, com percursos pedonais e cicláveis, parque infantil, campos desportivos, hortas comunitárias e uma “praça de aldeia” na zona da estação ferroviária de Marvila.

Parque Urbano da Quinta Marquês de Abrantes (via SRU)

Será o futuro Parque Urbano da Quinta Marquês de Abrantes e ficará em Marvila junto ao Bairro dos Alfinetes. Serão cerca de sete hectares de estrutura verde com percursos pedonais e cicláveis, parque infantil, campos desportivos, hortas comunitárias e uma “praça de aldeia” na zona da estação ferroviária de Marvila.

O novo Parque Urbano foi a concurso público em Fevereiro de 2020 e o vencedor escolhido foi o projecto do arquitecto paisagista João Nunes, fundador e director do atelier PROAP. Na documentação do concurso, o Parque Urbano da Quinta Marquês de Abrantes é enquadrado no desenvolvimento da zona oriental de Lisboa, mais especificamente nas freguesias do Beato e de Marvila, onde “grandes intervenções urbanas estão em curso” e que farão dessas zonas um novo destino na cidade; fala-se do Hub Criativo do Beato, do Parque Hospitalar Oriental, da quadruplicação da Linha de Cintura, da ligação viária Marvila-Rio e da futura Terceira Travessia do Tejo (TTT) para servir a linha ferroviária de alta velocidade.

“Praça de aldeia” junto à estação de comboio (via SRU)

“Os espaços públicos de Marvila estão claramente marcados pela predominância do transporte individual, os canais de circulação estão sobredimensionados e os espaços de utilização colectiva são espaços sobrantes, desqualificados e marcados pelo estacionamento”, lê-se. “Para que uma regeneração urbana se efective o elemento central da estratégia terá de ser a alteração do paradigma do espaço público, centrando-o na coesão social, na sustentabilidade e associando-o aos equipamentos polarizadores previstos.”

O Parque Urbano da Quinta Marquês de Abrantes surge como um motor dessa coesão. O parque fará a ligação entre toda a envolvente; a sua extensão compreenderá uma “faixa a norte da Linha de Cintura, entre a Av. Infante D. Henrique, a nascente, e a Rua João César Monteiro, a poente, sendo limitada a norte pelas ruas Dinah Silveira de Queiroz, António Gedeão, Alberto José Pessoa, pelas edificações existentes nestes arruamentos e pelo Parque da Quinta das Flores”.

O Parque com a linha de comboio expandida e sem a linha de comboio expandida (via SRU)
O Parque com a linha de comboio expandida e sem a linha de comboio expandida (via SRU)

O projecto do parque urbano tem em conta as áreas afectas ao aumento da infraestrutura ferroviária na Linha de Cintura, mas também a transformação dos apeadeiros de Chelas e de Marvila em estações ferroviárias. Junto à futura estação de Marvila está prevista a criação de uma “praça de aldeia” em 2023, fazendo lembrar o passado rural de Marvila até meados do século XIX, onde onde existiam propriedades como a Quinta do Marquês de Abrantes ou a Quinta dos Alfinetes.

O Parque Urbano da Quinta Marquês de Abrantes foi desenhado com ideias da comunidade local, a qual foi sondada. Um dos contributos prende-se com a inexistência de barreiras visuais do comboio para o jardim para que quem vá nesse meio de transporte possa ver o parque. A Câmara de Lisboa tem para este parque um orçamento a rondar os 5 milhões de euros; não foi anunciada qualquer data para a conclusão da obra.

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