
Desde que a Câmara de Lisboa começou a implementar ciclovias pop-up na cidade que uma em particular se tornou polémica. A da Almirante Reis, que tirou uma faixa no sentido ascendente ao tráfego viário para ali ser introduzida uma ciclovia bidireccional, tornou-se alvo de críticas sucessivas pelo grupo de Facebook Vizinhos de Arroios, cujo representante auto-nomeado chegou a ter uma reunião com o Vereador da Mobilidade da CML, Miguel Gaspar.
Uma das características das ciclovias pop-up é a sua provisoriedade, pelo que a Avenida Almirante Reis vai ser alterada – à semelhança do que já aconteceu com outra na Rua Cidade de Bissau, nos Olivais. Assim, em vez de bidireccional, a controversa ciclovia passará a unidireccional e vai ser prolongada até ao Areeiro.

A nova configuração da ciclovia foi testada à escala real num terreno na zona do Parque das Nações para ser garantida a funcionalidade da mesma. Um dos objectivos é que o espaço destinado ao automóvel seja mais amplo, permitindo que, numa situação de acidente ou de avaria, por exemplo, um carro possa circundar o outro. As medidas e estes contornos foram experimentadas na tal réplica da Almirante Reis para garantir que tudo sai como se pensou.
A ciclovia da Almirante Reis vai ficar encostada ao separador central e terá, em cada sentido (no ascendente e descendente), 1,70 metros de largura – ao todo, o espaço para velocípedes aumenta. Segundo o jornal público, os trabalhos de alteração vão arrancar até ao final do ano no troço que ainda não tem ciclovia, entre o Areeiro e a Alameda, seguindo-se depois a intervenção na restante artéria – ainda que a parte final, já na Rua da Palma, possa ficar como está.