Ciclovia do Campo Grande com piso em mau estado resolvida e direcções no Google Maps. O que se seguirá na ‘Lisboa ciclável’?

Fotografia de Mário Rui André/Lisboa Para Pessoas

Em cada sessão ordinária da Assembleia Municipal de Lisboa, o Presidente da Câmara deve entregar um documento escrito com um resumo das actividades do município. Esse ficheiro, que é partilhado com os deputados municipais e publicado também no site da Assembleia, costuma ser um bom resumo do que se passa na cidade, contendo informações que muitas vezes não são públicas de outra forma. Havendo nova sessão esta terça-feira, o documento a ela referente já está disponível e avança algumas novidades para a Lisboa ciclável.

Referente aos meses de Novembro, Dezembro e Janeiro, o documento aponta que “a expansão prevista da rede ciclável de Lisboa decorre com várias as obras em execução que vão permitir que cada vez mais pessoas possam, no futuro, optar por este modo de transporte”, nomeando as obras já conhecidas e em estado avançado na Avenida Marechal Gomes da Costa, na Rua Fernão Mendes Pinto, em Belém, na Rua Professor Fernando da Fonseca, em Telheiras, e na Rua Professor Lima Basto, em São Domingos de Benfica.

Contudo, existem algumas novidades, a ciclovia da Avenida da Índia está em “conclusão de projecto”, desenvolvendo-se entre as ciclovias já existentes na 24 de Julho e Fernão Mendes Pinto; “ficará implantada na via do lado norte com supressão de uma via de circulação (…) no sentido de entrada em Lisboa com correcção de todas as marcas rodoviárias”.

Fotografia cortesia de CML

Já a ciclovia pop-up existente na Rua Castilho e Marquês da Fronteira deverá ser, em breve, prolongada para Campo de Ourique para aí ligar à rede projectado. Está concluído o estudo desse prolongamento na forma de ciclovia bidireccional.

A ciclovia da Avenida dos Combatentes, com início na Praça de Espanha, vai ganhar continuação primeiro pela Avenida Egas Moniz, antes da construção da prometida ligação pela Avenida Lusíada a Benfica. Será um corredor bidireccional que passará à frente do Hospital Santa Maria e que permitirá chegar à Cidade Universitária.

Já no Campo Grande – onde cruzamento da NOS/Museu da Cidade será reformulado no âmbito da ciclovia da Alameda das Linhas de Torres – vai ser resolvida o antigo problema do piso em maus estado do piso junto à FCUL, uma vez que os “afloramentos e expansão de raízes dos pinheiros que impossibilitam uma travessia confortável e segura”. De acordo com o documento, o problema vai ser resolvido com a construção de uma alternativa pop-up e bidireccional à ligação ciclável existente entre o tal cruzamento da NOS/Museu da Cidade e o cruzamento na Cidade Universitária. A nova ciclovia deverá ser criada na estrada junto à FCUL.

Pormenor da resolução da ciclovia do Campo Grande no cruzamento Museu da Cidade/NOS (imagem retirada do projecto para a Alameda das Linhas de Torres)

O documento fala ainda num projecto de reparação da pista ciclável junto a Santa Apolónia e no “envio dos dados georreferenciados sobre a rede existente para a plataforma Google”, o que poderá indicar que em breve os utilizadores da bicicleta em Lisboa passarão a poder usar o Google Maps para navegar na cidade com direcções em tempo real.

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