Quatro caminhadas pelas fronteiras de Lisboa: Algés-Pontinha; Pontinha-Charneca do Lumiar; Prior Velho-Terreiro do Paço; Terreiro do Paço-Algés. É esta a proposta da iniciativa Teatro do Silêncio e do Teatro do Bairro Alto e que se propõe através da arte a descobrir as particularidades geográficas dos limites da cidade.

Quatro caminhadas pelas fronteiras de Lisboa: Algés-Pontinha; Pontinha-Charneca do Lumiar; Prior Velho-Terreiro do Paço; Terreiro do Paço-Algés. É esta a proposta da iniciativa Teatro do Silêncio e do Teatro do Bairro Alto e que se propõe através da arte a descobrir as particularidades geográficas dos limites da cidade.
As caminhadas pretendem tornar visíveis algumas das fronteiras físicas e políticas que delimitam Lisboa. As fronteiras serão reveladas à medida que os participantes caminham e mergulham no território. Vão ser realizadas provocações artísticas que se focam nos processos de formação, alteração e gestão das fronteiras por parte das comunidades e agentes de poder. Esta será a ferramenta metodológica indispensável para as quatro caminhadas.
As caminhadas irão decorrer nos dias 11 de Setembro, 25 de Setembro, 2 de Outubro e 16 de Outubro. As inscrições para a primeira caminhada, que irá percorrer uma distância de 11 km entre Algés e a Pontinha terminam no dia 2 do próximo mês. As caminhadas são de nível fácil a moderado. Cada caminhada custa 3 euros; as quatro ficam a 10 euros.
11 de Setembro, 10 horas
Inscrições até: 2 de Setembro
Percurso: Algés – Pontinha
Distância: 11 km
Duração: 5 horas aprox.
Dificuldade: Fácil
25 de Setembro, 10 horas
Inscrições até: 16 de Setembro
Percurso: Pontinha – Charneca do Lumiar
Distância: 9 km
Duração: 5 horas aprox.
Dificuldade: Moderada
2 de Outubro, 10 horas
Inscrições até: 23 de Setembro
Percurso: Prior Velho – Terreiro do Paço
Distância: 13 km
Duração: 5 horas aprox.
Dificuldade: Fácil
16 de Outubro, 10 horas
Inscrições até: 7 de Outubro
Percurso: Terreiro do Paço – Algés
Distância: 10 km
Duração: 5 horas aprox.
Dificuldade: Fácil
A mediação das caminhadas será feita por Maria Gil com Clara Marchana (11 de Setembro), Catarina Câmara (25 de Setembro), Susana Guardado (2 de Outubro) e Joana Pupo (16 de Outubro). A duração de cada caminhada é de aproximadamente 5 horas, pelo que começando às 10 horas deverão terminar pelas 15 horas.
Os bilhetes podem ser adquiridos através da BOL. Mais info aqui.
O Teatro do Silêncio é uma estrutura de criação, dirigida por Maria Gil e Miguel Bonneville, que desenvolve projectos assentes na pesquisa e na experimentação. O projecto é financiado pela Direção-Geral das Artes (DGA) e pela Junta de Freguesia de Carnide.
Catarina Câmara nasceu em Lisboa, em 1975. Encontra-se no cruzamento entre as práticas artísticas, a área da educação e a intervenção social e comunitária. É licenciada em direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, em dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa e fez o curso em piscoterapia Gestalt pela sociedade luso espanhola de psicoterapia Gestalt de Lisboa. Como intérprete/bailarina destaca a sua colaboração com a Companhia Olga Roriz, desde 2003. Dá formação em dança/movimento para profissionais das artes performativas e público em geral. No seu percurso conta várias criações artísticas e apoio ao movimento para teatro e dança. Desenvolve grande parte do seu trabalho na área da educação pela arte, tendo integrado diferentes projetos multidisciplinares. Desde 2019, é coordenadora artística e social do CORPOEMCADEIA (projeto PARTIS- práticas artísticas para a inclusão social), apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Clara Marchana é licenciada em Dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa e em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Actualmente, está a terminar o Mestrado em Artes da Coreografia na Codarts University of Arts Rotterdam e na Fontys School of Fine Arts Tilburg, na Holanda. Concluiu o Curso Profissional de Artes Circenses na Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo no Chapitô. Frequentou o Curso de Chi Kung Terapêutico, Escola Medicina Tradicional Chinesa de Lisboa. É fundadora e directora artística da companhia Madrasta Dance. Em 2020-2021 foi Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (Bolsas Gulbenkian em Artes Visuais e Performativas). Como intérprete tem trabalhado com diversos coreógrafos e encenadores. Como coreógrafa, criou, entre outros, o solo Lost and Found para um bailarino, no âmbito do Concurso de Melhor Intérprete lançado pelo IPL, ganhando o prémio de Menção Honrosa.
Joana Pupo tem um percurso como atriz, criadora e investigadora do movimento, aplicado à criação e à pedagogia. Com formação em Teatro, Filosofia, Movimento e Improvisação Contemporânea, tem desenvolvido a sua pesquisa na última década, articulando os Métodos Suzuki e Viewpoints com outras ferramentas para a criação cénica, onde o corpo e a pesquisa interdisciplinar procuram sempre uma dramaturgia própria a cada criação. Tem colaborado com diversas companhias em Portugal, Espanha e Itália e atualmente está em cena com peças de Marina Nabais Dança e Ritual de Domingo/Sónia Barbosa. Em 2020, criou a companhia Mente de Cão com Pepa Macua e Catarina Sobral, que estreia a sua primeira peça “A Gravidade de Um Pássaro”, em Setembro de 2021.
Maria Gil cria espectáculos despojados e fundados na palavra, estabelecendo uma relação direta e próxima com os espectadores; as suas dramaturgias têm como ponto de partida premissas autobiográficas e histórias de pessoas e de lugares, que recolhe, cruza e ficciona, para construir uma poética do quotidiano. Os seus trabalhos evocam a periferia e a margem, mas também pessoas e lugares em desaparecimento. Colabora regularmente com criadores de várias áreas artísticas, nomeadamente da dança, da música, das artes visuais e do cinema. Trabalha com várias instituições públicas e privadas, concebendo, desenvolvendo, e realizando atividades e estratégias educativas que articulam a imaginação e o pensamento.
Susana Guardado tem formação em artes visuais. Actualmente divide o seu tempo entre o Brasil e Portugal, sendo os seus projectos, muitas vezes sobre o contacto com os elementos básicos de vida, dançar, comer, trocar, conversar, escutar, amar, tocar, sonhar. Pretende criar experiências colectivas, quebrando a passividade do espectador e também das suas parcerias, que ela quer que sejam seus co-criadores. As suas propostas procuram ir de encontro ao cenário social e político da actualidade onde se insere, e buscam a possibilidade ou o sonho da anulação de uma identidade fixa, ao fundir vários mundos aparentemente incompatíveis em um novo universo. Os seus projetos são terrenos férteis para o encontro colectivo, sempre sobre a premissa de que Prazer é Poder.