No dia 27 de Fevereiro vai voltar a ser possível atravessar o Aqueduto das Águas Livres de bicicleta, no sentido Campolide-Monsanto.
No último domingo de cada mês, até Junho, o Aqueduto das Águas Livres vai estar aberto a quem quiser percorrê-lo de bicicleta. Entre as 10 e as 13 horas, basta aparecer com a sua companheira de duas rodas na entrada do Aqueduto em Campolide. Não é precisa qualquer marcação prévia, nem tirar a carteira do bolso – o passeio é gratuito.
Foi assim no último domingo de Janeiro, 30 de Janeiro, e deverá ser assim também a 27 de Fevereiro, 27 de Março, 24 de Abril, 29 de Maio e 26 de Junho. O percurso é feito num só sentido: de Campolide para Monsanto, sendo que no lado de lá é possível continuar o passeio pelo parque florestal ou sair para São Domingos de Benfica, descendo até à ciclovia da Radial ou à ciclovia da Conde Almoster. Uma dica: se fores sozinho/a e te sentires desorientado/a, pede indicações a algum(a) companheiro/a ciclista que também esteja a fazer o percurso.
A entrada do Aqueduto fica no número 6 da Calçada da Quintinha.
Neste domingo, a adesão a esta iniciativa – que dá pelo nome de “Aqueduto Sobre Rodas” – terá sido massiva. Na entrada do Aqueduto em Campolide, as bicicletas acumulavam-se enquanto os seus donos e as suas donas tiravam uma fotografia da praxe junto ao muro amarelado. Sem pressas, os/as ciclistas iam entrando e iniciando a sua travessia.
Construído entre 1731 e 1799, o Aqueduto das Águas Livres tem 14 quilómetros de extensão no seu ramal principal, com início na Mãe de Água Velha, em Belas, e final no reservatório da Mãe de Água das Amoreiras, em Lisboa. Se juntarmos os vários troços secundários destinados a transportar a água de cerca de 60 nascentes, o Aqueduto atingia cerca de 58 km de extensão em meados do século XIX. Mas a parte mais visível e conhecida (e aquela que se percorre de bicicleta) do Aqueduto das Águas Livres é a extraordinária arcaria do vale de Alcântara, composta por 35 arcos e com uma extensão de 941 metros.