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Pista ciclável da Bela Vista não voltará a ficar fechada durante demasiado tempo, garante CML

As montagens e desmontagens do Rock In Rio Lisboa bloquearam o acesso ao Parque da Bela Vista durante mais de um mês. Interrupção só vai ficar resolvida na próxima semana, mas a CML garante que não voltará a acontecer.

Fotografia de Lisboa Para Pessoas

Em 2018, aquando da última edição do Rock In Rio em Lisboa, o boom da bicicleta na capital portuguesa ainda estava no início. Por isso, o encerramento do Parque da Bela Vista para a montagem, realização e desmontagem do festival, terá passado despercebido. Quatro anos depois, não foi bem assim, com vários utilizadores da bicicleta a protestarem nas redes sociais contra o fecho durante mais de um mês da importante pista ciclável que percorre aquele parque urbano.

O Parque da Bela Vista é, por falta de alternativa segura tanto na Avenida Almirante Gago Coutinho como noutros eixos viários, a melhor forma de ir dos Olivais para o Areeiro, ou vice-versa. A expansão da rede ciclável nos últimos quatro anos em Lisboa, bem como a construção de novos parques urbanos, como o do Vale da Montanha, vieram reforçar a relevância da Bela Vista como ponto de passagem. Por exemplo, quem venha dos Olivais pode usar o Parque da Bela Vista para atravessar até às Olaias, seguindo pela recente ciclovia na Avenida Afonso Costa até ao Areeiro, apanhando aí a ciclovia da Avenida Almirante Reis em direcção a Arroios ou outra ciclovia direcção às Avenidas Novas. Com o Parque da Bela Vista fechado, a alternativa segura e segregada seria uma volta pela Avenida do Brasil, Campo Grande e Avenida da República.

O regresso do Rock In Rio (RiR) à cidade de Lisboa veio interromper o Parque da Bela Vista durante mais de um mês. À data deste artigo, as desmontagens do festival que terminou há duas semanas ainda decorrem e o parque permanece interdito. Se a interrupção da ligação ciclável na Bela Vista durante os dois fins-de-semana do evento parece algo aceitável, mais que isso será já um transtorno. E a Câmara de Lisboa parece concordar. Em resposta a uma interpolação do Livre sobre o assunto, o Gabinete do Vereador Ângelo Pereira, responsável pela pasta da mobilidade, indicou – num esclarecimento ao qual o Lisboa Para Pessoas teve acesso – que “está a ser finalizada a desmontagem da 1ª coroa do RiR 2022 e, de acordo com o planeamento estabelecido, para a próxima semana a ligação ciclável já estará disponível para fruição pública”.

Fotografia de Lisboa Para Pessoas

“Quanto a futuras edições do RiR e outras utilizações do Parque da Bela Vista, é intenção da CML que seja garantido funcionamento desta ligação ciclável”, informou ainda o Gabinete do Vereador da Mobilidade, acrescentando que ao abrigo do novo Protocolo entre a Câmara de Lisboa e a organização do RiR para as edições futuras do festival “deverá ser expressamente estabelecido que a interrupção do percurso ciclável só poderá ocorrer nos dias do evento”. “Convém referir que esta questão nunca foi antes acautelada, ao abrigo de anteriores Protocolos”, diz o Gabinete de Ângelo Pereira. “No entanto, esta questão ficará acautelada para a realização do Kalorama, por determinação da CML.”

O MEO Kalorama é um novo festival que se estreará em Lisboa em Setembro (dias 1, 2 e 3), precisamente no Parque da Bela Vista. “No Plano de montagens do Kalorama foram dadas instruções pela DMAEVCE [Direcção Municipal do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia] para que o percurso ciclável se mantenha aberto, pelo que será criado um corredor para o efeito durante os períodos de montagem e desmontagem. Assim, esta ligação ciclável apenas será interrompida nos 3 dias do evento.”

Um aviso nas várias entradas do parque e os gradeamentos encerrados surpreenderam vários utilizadores da bicicleta no início de Junho. Apenas a secção Sul do Parque da Bela Vista se mantém aberta, mas sem a área Norte de nada vale pois o atravessamento não é possível. A interrupção vai ficar resolvida na próxima semana, o que significa que no total durará quase dois meses. No mesmo aviso afixado – que apresenta uma mensagem direccionada para a utilização do parque apenas como equipamento de lazer e não como infraestrutura utilitária –, não era dada qualquer informação sobre a duração do encerramento.

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