O Ascensor da Glória, popularmente referido como Elevador da Glória, estará parado de 5 de Novembro a 17 de Dezembro.
Na manhã de segunda-feira, na Calçada da Glória sobe-se a pé. “Amanhã já não vimos por aqui. Não sabia que isto estava fechado”, diz uma mãe acompanhada do filho que está a levar à escola, lá em cima no Bairro Alto. “Vai ser assim até 17 de Dezembro. Vamos andar a fazer muito exercício”, comenta uma senhora a uma amiga. O Ascensor da Glória, mais popularmente conhecido como Elevador da Glória, está parado e assim irá ficar durante seis semanas. Motivo: manutenção.
O Ascensor da Glória, que permite vencer a colina entre a Praça dos Restauradores e a zona de São Pedro de Alcântara/Bairro Alto/Príncipe Real, está suspenso desde dia 5 de Novembro e assim permanecerá até dia 17 de Dezembro. Segundo a Carris, a interrupção do Ascensor da Glória decorre para uma “reparação geral programada”, ou seja, para trabalhos de manutenção rotineira, após um Verão intenso.
Com 137 anos, o Ascensor da Glória tornou-se uma das principais atracções turísticas da cidade de Lisboa, transportando mais de um milhão de passageiros por ano, a maioria dos quais visitantes. Mas este equipamento serve também a população local, escolar e trabalhadora da cidade, sendo muitos aqueles que, principalmente de manhã, o usam para a partir dos Restauradores chegar ao seu destino cimeiro.
Embora seja popularmente conhecido por “elevador”, são na verdade dois ascensores [ao contrário de um elevador, um ascensor não tem uma trajetória vertical] que, de manhã à noite, e com intervalos habitualmente de 12 minutos, percorrem uma distância de 265 metros e ajuda a vencer os 17% de inclinação da Calçada da Glória. No Ascensor, a tarifa de bordo está fixada nos 3,80 €, permitindo duas viagens; mas o elevador pode ser utilizado com zapping por 1,35 € ou com qualquer passe Navegante válido em Lisboa.
A última vez que o Ascensor da Glória esteve parado para manutenção tinha sido em 2020, quando entre Setembro e Outubro o equipamento esteve encerrado durante cinco semanas. “Os trabalhos programados de reparação são essenciais para manter o bom funcionamento e segurança do ascensor”, explicou a Carris na altura.
Apesar da interrupção prolongada, a Carris não colocou transporte alternativo ao Ascensor da Glória, que poderia ser realizado, por exemplo, com mini-autocarros no sentido ascendente, com maior frequência nas horas de ponta. O Lisboa Para Pessoas questionou a empresa sobre se esse transporte alternativo está previsto, e actualizará este artigo logo que obtenha uma resposta.