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5 sugestões para descobrir no Open House Lisboa

Como escolher pode ser difícil, preparámos um guia com cinco ideias para aproveitar no Open House Lisboa já no próximo fim-de-semana.

Telheiras Sul (fotografia LPP)

Este é um conteúdo patrocinado e produzido em parceria entre o LPP e a Trienal de Arquitectura de Lisboa, co-organizadora do Open House Lisboa.

É já no próximo fim-de-semana que várias portas da cidade se abrem para uma nova edição do Open House Lisboa. O evento que todos os anos mostra o melhor da arquitectura da capital está de regresso a 11 e 12 de Maio, prometendo, uma vez mais, ir muito além da arquitectura. O Open House é um convite à reflexão sobre a cidade, sobre a sua habitação, sobre o espaço público e sobre como tudo dialoga, influenciando diferentes dinâmicas sociais. No fundo, é um convite a parar e a olhar Lisboa de outras perspectivas.

Durante dois dias, vai ser possível visitar de forma gratuita 74 espaços de Lisboa, alguns dos quais habitualmente fechados ao público, e aproveitar uma programação que, por exemplo, inclui percursos guiados a pé, concertos e exposições. Como escolher pode ser difícil, o LPP e a Trienal de Arquitectura de Lisboa e EGEAC, que organizam o Open House, prepararam um guia com cinco ideias para o próximo fim-de-semana.

1. Descobrir a cultura artística e o património industrial de Alvalade

Património industrial em Alvalade (fotografia LPP)

As cidades escondem passados industriais que João Appleton, engenheiro civil, especialista em reabilitação de edifícios, promete ajudar a descobrir no próximo sábado de manhã, a partir das 11 horas. Durante 90 minutos, João convida a descobrir a antiga Zona de Artesanato e Pequena Indústria lisboeta, onde pelo carácter utilitário, a arquitectura parece ter sido deixada em aberto.

Localizada entre as avenidas Rio de Janeiro, do Brasil e de Roma, os lotes deste quarteirão preencheram-se, ao longo das décadas, com edifícios distintos e usos diversos. Para ilustrar as transformações recentes, visita-se um espaço cultural num edifício de escritórios, antes fábrica de passamanaria; um atelier de arquitectura digital que era armazém de produtos químicos; uma casa em duplex, previamente espaço de culto e uma fábrica a ser adaptada para habitação.

O circuito, que começará no número 10 da Rua do Centro Cultural, terminará no pátio com ateliers e galerias onde antes existiram oficinas automóveis e uma tipografia. Para participar, basta aparecer.

2. Visitar a Galeria Quadrum, nos Coruchéus

Galeria Quadrum (fotografia LPP)

Ainda em Alvalade, junto à Biblioteca dos Coruchéus, na Rua Alberto de Oliveira, convidamos a descobrir a Galeria Quadrum.

Este complexo moderno desenha dois blocos interligados em L com cinquenta ateliers, com dois e três pisos em cada um dos lados. Inicialmente, os ateliers destinados à criação artística contemplavam essencialmente pintura e cerâmica, mas hoje integram também artistas das artes visuais e do cinema. A Quadrum surgiu da visão de Dulce d’Agro, uma das mais importantes galeristas do país e responsável pela gestão deste espaço até meados dos anos 1990, recordado como importante local de promoção dos mais diversos experimentalismos, sobretudo entre 1974 e o início da década de 1080. Desde 2010, é gerida e programada pelas Galerias Municipais, sob direcção da EGEAC, mantendo a missão de divulgação da arte contemporânea.

No sábado e domingo, às 15 e às 16, haverá visitas guiadas. Não é precisa marcação prévia, basta aparecer.

3. Ver o Bairro Alto com outra perspectiva

Casa do Comum (fotografia LPP)

Se calhar conheces o Bairro Alto da vida nocturna, mas neste Open House convidamos-te a descobrir esta zona da cidade porta a porta e a perceber o que lá se passa nas outras horas do dia.

Vais poder entrar na Associação 25 de Abril, um edifício que começou por ser a sede do jornal O Mundo, o primeiro diário que deu notícia da proclamação da República, depois albergou Diário da Manhã, na prática um órgão oficioso da União Nacional, e, por fim, foi sede do jornal do Estado Novo Época, desocupada após o 25 de Abril. Hoje alberga no rés-do-chão uma sala para eventos e exposições; no primeiro, um restaurante; no segundo, serviços administrativos da Associação e o terceiro piso tem uma biblioteca.

De portas abertas, estará ainda a Casa do Comum, um sonho antigo de José Pinho, uma figura incontornável da vida cultural de Lisboa, fundador da Livraria Ler Devagar, que morreu em 2023, e sempre sonhou um lugar onde se pudesse viver o ócio, estar e criar em conjunto. O seu sonho ocupa agora um espaço que já teve muitos usos e transformações, o que se sente ao percorrer o interior.

Poderás ainda descobrir a Brotéria, o Convento dos Cardaes, o Ministério do Ambiente e da Energia, a Academia das Ciências, o Atelier-Museu Júlio Pomar, ou o Palácio Palmela, onde funciona actualmente a Procuradoria-Geral da República.

Algumas destas visitas inclusive com uma equipa de voluntariado dedicada a realizar visitas com audiodescrição adaptadas para pessoas cegas ou com baixa visão.

4. Explorar o espaço público de Telheiras Sul e visitar um apartamento

Sabias que a urbanização de Telheiras Sul foi a resposta da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) à crise habitacional da década de 1970? Foram construídas mais de 3300 casas para quase 15 mil pessoas de classe média, numa área de 63,5 hectares.

E com isso recuperou-se uma visão de cidade para Lisboa que já tínhamos visto em bairros como o de Alvalade. Esta urbanização recuperou a importância da rua no tecido urbano, os edifícios organizam-se em quarteirões residenciais e ancora-se no núcleo de Telheiras-Velho e na vida aí existente. Inspirado pela cidade-jardim, o bairro tem uma rede permeável de caminhos pedestres e espaços verdes, facilitando a mobilidade. Habitação, comércio e edifícios colectivos combinam-se numa relação harmoniosa centrada nas necessidades humanas, potenciadas pelo centro comunitário e associação de residentes.

Num percurso a pé, as arquitectas Ana Tostões e Zara Ferreira prometem dar-nos uma outra perspectiva sobre o bairro de Telheiras, em particular sobre a zona Sul. Este passeio contará ainda com a presença de Manuela Oliveira, arquitecta e embaixadora da Associação Salvador, que acompanha as autoras com notas sobre a acessibilidade no espaço público para pessoas com mobilidade condicionada.

O percurso inicia-se às 17 horas de sábado, no número 8 da Rua Professor Francisco Gentil. Para participar, basta aparecer.

5. Descobrir um atelier de arquitectura inserido numa igreja modernista

Igreja do Sagrado Coração de Jesus (fotografia LPP)

É difícil que nunca tenhas passado pela zona do Marquês de Pombal e de Picoas, mais improvável é que tenhas reparado igreja que insere de forma discreta na sua malha urbana.

Com assinatura do arquitecto Nuno Teotónio Pereira, reconhecido com o distinto prémio municipal de arquitectura Valmor, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, que se insere num complexo paroquial, merece uma visita por si só e é um dos espaços que estará aberto neste Open House, podendo ser visitado de forma livre entre as 15 e as 18 horas de sábado e domingo. Rompendo com a tradição religiosa, recuperou-se o modelo de igreja romana primitiva, reforçando a relação entre espaço religioso e comunidade envolvente, levada ao limite pelo carácter despojado e urbano que o betão aparente lhe confere. Com refinamento na abordagem da espacialidade, dos detalhes e da luz, a Igreja é surpreendente para quem entra e se depara com uma volumetria monumental.

Todavia, este centro paroquial não tem funções meramente religiosas. No seu interior, funciona um atelier de arquitectura, o EMMA, que estará de portas abertas para visitas de 90 minutos durante todo o fim-de-semana, entre as 11 e as 19 horas. Quem quiser uma visita mais personalizada, com a equipa do atelier, deverá inscrever-se para o e-mail [email protected] e aparecer às 15 horas de sábado ou domingo. É recomendado aos participantes que tenham cantil com água, calçado e roupa confortável.

Se quiseres mais ideias para fazer no Open House Lisboa, passa por aqui.

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