Com maquinistas em isolamento, Metro de Lisboa admite supressões e maiores tempos de espera

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Metro de Lisboa dizia, na terça-feira, ter 20% dos seus maquinistas em isolamento. Substituições nem sempre são fáceis.

Neste nova fase, a pandemia de Covid-19 tem posto milhares de pessoas em isolamento, o que terá consequências também nos transportes públicos. Na terça-feira, o Metro de Lisboa contava com 20% dos seus maquinistas em baixa devido a isolamentos e casos positivos, afectando o normal funcionamento do serviço. A empresa já se viu obrigada a suprimir comboios, aumentando os tempos de espera para os passageiros.

“Nos últimos dias, temos registado maiores taxas de absentismo em consequência da pandemia. Naturalmente que esta situação provoca constrangimentos ao nível da normal oferta de serviço, sendo que as maiores dificuldades têm sido sentidas nos maquinistas e no serviço ao cliente”, revelou o Metro de Lisboa ao jornal Expresso.

Apesar de “todos os esforços no sentido de tentar diluir os efeitos desta situação por toda a rede, tendo em especial atenção as horas de ponta”, a empresa disse não ter conseguido evitar a supressão de alguns comboios, “situação que causa alguns atrasos no serviço de exploração e tempos de espera maiores do que o habitual”.

Na terça-feira, o Metro tinha 109 trabalhadores em isolamento ou com Covid-19, das áreas de manutenção, operações, comercial e técnica, sem contar com os casos dos funcionários em teletrabalho. Face às especificidades de algumas destas funções, nomeadamente a de maquinista, nem sempre é possível substituir os trabalhadores. Segundo o Expresso, a empresa tem gerido as ausências com recurso às reservas existentes, à adaptação de escalas, ao trabalho suplementar e ao aumento do recurso aos vigilantes nas estações.

Ainda de acordo com o mesmo jornal, o Metro de Lisboa conta com um grupo de trabalho de acompanhamento da pandemia que monitoriza, analisa e propõe medidas de ajustamento ao serviço, tendo por base um plano de contingência, existindo cenários que poderão ser accionados a qualquer momento tendo em conta a evolução pandémica.

Recorde-se que a pandemia também tem afectado outros operadores de transporte. É o caso da Carris, que se viu obrigada a suspender algumas das suas carreiras temporariamente de forma a garantir que todos os outros serviços programados pudessem estar assegurados.

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