O túnel pedonal e ciclável do Vale de Alcântara já está aberto mas ainda não liga a nada

Fotografia de Mário Rui André/Lisboa Para Pessoas

A passagem pedonal e ciclável do ainda incompleto Corredor Verde do Vale de Alcântara já está transitável depois de mais de um ano em obra. O túnel agora aberto faz parte de um percurso contínuo que existirá entre Campolide e Alcântara e que deveria estar concluído desde 2017/18, segundo as primeiras previsões avançadas aquando do anúncio do projecto por José Sá Fernandes, vereador responsável pela Estrutura Verde de Lisboa.

O túnel permite o atravessamento da linha férrea, por onde passam os comboios da Linha de Cintura e da Linha do Sul, bem como os da Fertagus em direcção a Setúbal, entre outros. Este túnel tem início no já existente Parque Urbano da Quinta da Bela Flor à Avenida de Ceuta, que constitui a última fase de intervenção deste Corredor Verde.

Neste momento, passando pelo túnel vindo da Quinta da Bela Flor chega-se a um estaleiro de obra e com alguma sorte (dependendo de um portão estar aberto ou não) consegue-se passar para a Avenida de Ceuta. Depois, o trajecto até Alcântara não é fácil, dado aquela avenida ser agreste para a mobilidade pedonal e ciclável. No entanto, é possível improvisar um percurso pelo passeio pouco movimentado, passando ao lado do Casal Ventoso.

O concurso público para a última parte do Corredor Verde do Vale de Alcântara foi lançado em Junho de 2019. O vencedor foi a empresa Vibeiras; o contrato no valor de três milhões de euros com a autarquia foi assinado a 30 de Abril de 2020 com um prazo de execução de 270 dias, acrescidos de 365 dias para manutenção dos espaços verdes. Em teoria, a requalificação da Avenida de Ceuta poderia decorrer ao mesmo tempo que a construção do túnel, por se tratarem de empreitadas distintas e não dependentes uma da outra.

Ora, mais de um ano já passou e não há qualquer sinal de obra no local. A Avenida de Ceuta permanece igual. Além de percursos pedonais e cicláveis, está prevista a criação de um percurso de água no separador central daquela artéria. A ideia é revelar à superfície a água que sair da ETAR de Alcântara devidamente tratada e que é entregue ao rio.

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