A Câmara de Oeiras quer ter centros históricos reabilitados, dinâmicos e populados por jovens. Por isso, continua a dar gás ao seu programa “Habitação Jovem”. No início de Novembro, foram inaugurados novos apartamentos em Porto Salvo e em Carnaxide; em breve, estas casas estarão nas mãos de jovens entre os 18 e 35 anos, com rendas acessíveis.
Revitalizar os centros históricos do concelho de Oeiras, reabilitando edifícios e colocando jovens a residir neles com rendas controladas, é o grande objectivo do programa Habitação Jovem. Lançado em 2016 pelo Município de Oeiras, esta iniciativa já entregou uma centena de casas e mais quatro apartamentos, no coração de Porto Salvo e de Carnaxide, acabaram de ser reabilitados. Em breve, estas casas vão ser habitadas por jovens entre os 18 e 35 anos.
Em Porto Salvo, no edifício da antiga sede do Atlético Clube de Porto Salvo, situado na Rua Casal do Deserto, foi transformado, com um investimento municipal de 820 mil euros, em três novos apartamentos de habitação, além da criação de um espaço de restauração totalmente renovado. A obra incluiu ainda a requalificação de áreas exteriores, em particular de um logradouro existente nas traseiras do edifício, que passa a ser um espaço do qual a população poderá usufruir.
“A política é uma actividade nobre quando nós queremos que ela seja nobre, porque é através da política e das políticas públicas que se satisfazem as necessidades fundamentais das pessoas”, comentou Isaltino Morais, Presidente da Câmara de Oeiras, na inauguração dos apartamentos em Porto Salvo, que decorreu já perto da hora de almoço de dia 8 de Novembro. As três casas vão ter rendas acessíveis. “Estas rendas não são variáveis em função do rendimento da família. São rendas fixas e concorre quem tem, pelo menos, a capacidade para pagar o montante da renda, ao contrário da renda apoiada, que varia em função do rendimento da família”, detalhou o autarca.
For Isaltino Morais, the program Habitação Jovem “é um projecto que merece o maior carinho” and that it is “único em Portugal”. “Tenho que dizer, porque, se eu não disser, ninguém mais me diz”, provocou o Presidente da Câmara de Oeiras. “Neste programa já entregamos mais de 100 apartamentos a jovens e temos cerca de 98 ou 99 em construção ou em projecto. O que significa que também dentro de três ou quatro anos, teremos pelo menos 200 apartamentos de habitação jovem, apartamentos como estes” que foram agora inaugurados em Porto Salvohe added.
Cada um dos apartamentos conta com um quarto, uma casa-de-banho e uma área que serve de cozinha e de sala de estar; são pequenas casas mas com áreas adequadas a um início de vida. Isaltino Morais elogiou a reabilitação feita em Porto Salvo. “Quando as pessoas precisam de tecto, é preciso que o teto tenha dignidade e qualidade, mas neste caso vai além disso: tem gosto. Os próprios materiais foram escolhidos com a preocupação de fazer coisas bem feitas”, afirmou o autarca. “Este edifício, provavelmente do século XIX, foi recuperado com o objetivo de preservar as fachadas históricas, mas introduzindo inovações que traduzem qualidade e modernidade”he explained.
Os apartamentos de Porto Salvo são uma aposta no futuro, com uma área destinada à restauração que promete animar também o centro histórico da freguesia. É, no fundo, um projecto de reabilitação urbana que, além de promover a habitação a preços acessíveis para jovens, quer potenciar a economia local e também as colectividades, uma vez que parte da receita do novo restaurante será atribuída, em princípio, ao Atlético Clube de Porto Salvo.
A recuperação teve um custo de 820 mil euros, um valor que, segundo Isaltino, é um esforço para revitalizar centros históricos com foco nas gerações mais novas. “Se houvesse mais capital, mais rapidamente seriam recuperados outros edifícios. No entanto, tudo isto é financiado exclusivamente pela Câmara Municipal, e não pelo Estado.”
“Esperamos que os jovens tragam nova vida a esta zona e que este espaço se torne um ponto de encontro para todos”, frisou o autarca.
No mesmo dia, mas mais cedo, foram inaugurados em Carnaxide, Rua José Pedroso, dois apartamentos. Aqui, a intervenção foi mais modesta, com um custo total de 280 mil euros, mas com impacto directo na comunidade. Um dos apartamentos foi integrado no programa de Habitação Jovem, enquanto o outro foi atribuído à moradora que já vivia no edifício, garantindo-lhe condições habitacionais mais adequadas. Para Isaltino, são agora “duas casas lindíssimas, muito bem arranjadas”, mas que, se tivessem sido demolidas e reconstruídas, o custo da obra teria sido consideravelmente maior. A Câmara de Oeiras tem investido na aquisição e recuperação de imóveis degradados, especialmente aqueles que são doados por proprietários, como foi o caso das casas inauguradas em Carnaxide, que foram “doadas à Câmara”.
O autarca sublinhou, na inauguração em Carnaxide, que a recuperação de imóveis degradados faz parte da política da Câmara, mas destacou que a verdadeira solução para o problema da habitação passa pela construção de novos imóveis. Segundo Isaltino, a carência de casas, especialmente para famílias de rendimentos baixos, é um problema “tão grande que o único caminho é fazer muita construção nova”. Segundo o Presidente da Câmara de Oeiras, na década de 1990, a média anual de construção de casas era de cerca de 100 mil unidades, enquanto nos últimos dez anos esse número caiu drasticamente para 7 mil por ano. Ele frisou: “Passamos de 100 mil para 7, isso mostra bem que há uma falta de casas, especialmente para as famílias mais carenciadas.” .
Under the program Habitação Jovem, os imóveis adquiridos e reabilitados pela Câmara de Oeiras são atribuídos exclusivamente para arrendamento, após sorteios públicos, garantindo um processo transparente e acessível. Mais informações sobre este programa podem ser conhecidas here.
