CML instala “pousa-pé” para ciclistas esperarem pelo verde em Entrecampos

A Câmara de Lisboa instalou, esta semana, os primeiros equipamentos “pousa-pé” – estruturas que dão apoio aos utilizadores de bicicleta na via pública e podemos ver noutras cidades cicláveis da Europa.

Lisboa Fotografía Para Personas

Se há cruzamento demorado para quem anda de bicicleta, é o de Entrecampos. Dados dos contadores registam mais de mil passagens diárias de bicicleta na rotunda de Entrecampos onde a prioridade é dada ao automóvel e não aos modos suaves – peões e especialmente ciclistas têm de esperar duas a três vezes por um semáforo só para ir da Avenida da República para o Campo Grande, ou vice-versa. São pouquíssimos metros.

Foi em dois desses semáforos que a Câmara de Lisboa instalou os primeiros “pousa-pé” da cidade – estruturas que permitem aos utilizadores de bicicleta apoiarem-se, descansando o braço e pousando o pé, e que existem noutras cidades cicláveis da Europa.

Lisboa Fotografía Para Personas

As duas primeiras estruturas metálicas, instaladas junto à rotunda de Entrecampos, estão colocadas junto à ciclovia e antes dos semáforos, de modo que os utilizadores possam esperar, confortavelmente, pelo sinal verde, montados na bicicleta. Os equipamentos têm uma frase na base da estrutura para que os cidadãos percebam a sua funcionalidade: “Descanse o pé aqui…obrigado por andar de bicicleta!”.

A instalação destes equipamentos está integrada num projecto-piloto que pretende avaliar a perceção dos utilizadores relativamente à valência do seu uso, de forma a aferir a instalação de mais estruturas noutras zonas da cidade.

Apesar de a expansão da rede ciclável estar em avaliação, com duas ciclovias apenas previstas para este ano, a Câmara de Lisboa dá, com a instalação destes “pousa-pé”, sinais de querer continuar a investir na mobilidade ciclável; afinal, cidades cicláveis não oferecem apenas infraestrutura mas também conforto.

Resta agora saber se existirão alterações futuras na semaforização ou no desenho da rotunda de Entrecampos para dar prioridade aos modos suaves, de modo a que o atravessamento neste ponto não seja tão demorado e mais confortável. Diariamente, naquele ponto, vêem-se ciclistas a improvisar o atravessamento, traçando linhas de desejo mais convidativas e procurando ficar menos tempo retidos em semáforos.

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