Avenida Rainha D. Amélia, no Lumiar, vai ter mais verde e melhor espaço pedonal

A requalificação da Avenida Rainha D. Amélia, no Lumiar, trará passeios acessíveis a todas as pessoas, ilhas-refúgio a meio da rodovia para tornar os atravessamentos pedonais mais confortáveis, e passadeiras sobrelevadas, que também incentivem à redução da velocidade – entre outras medidas de acalmia, acessibilidade e segurança.

Avenida Rainha D. Amélia, no Lumiar (fotografia LPP)

Melhorar a acessibilidade pedonal é o grande objectivo da intervenção que a Câmara de Lisboa planeia realizar na Avenida Rainha D. Améliano Lumiar. O projecto de requalificação foi desenvolvimento dentro do Há Mais Vida No Meu Bairro, programa municipal destinado a promover uma cidade de proximidade, uma “cidade de 15 minutos”.

A Avenida Rainha D. Amélia tem cerca de 600 metros e liga a Alameda das Linhas de Torres à Avenida Padre Cruz, estabelecendo também a ligação ao bairro de Telheiras e ao Alto do Faia. É uma avenida de nível três no PDM (Plano Director Municipal), o que significa que se trata de uma via estruturante de bairro que deverá ter alguma capacidade de escoamento de tráfego. O eixo tem duas vias por sentido, estacionamento oblíquo num dos lados e passeios com boas larguras, especialmente no lado onde existe o estacionamento oblíquo.

LPP Fotografía

No geral, estas características da Avenida Rainha D. Amélia serão mantidas – como o estacionamento oblíquo, que futuramente poderá ser convertido numa ciclovia –, mas, na maior parte da extensão da avenida, esta passará a ter duas vias no sentido da Padre Cruz (ascendente) e uma no sentido das Linhas de Torres (descendente). A terceira via passará a ser uma via de viragem à esquerda para diminuir conflitos entre os diferentes fluxos de trânsito, isto é, entre os fluxos locais e os fluxos de atravessamento.

Recorte do projecto de requalificação (via CML)

Esta requalificação da Avenida Rainha D. Amélia é, no entanto, focada na mobilidade e acessibilidade pedonal. Assim, dos dois lados da avenida passará a existir passeio confortável, isto é, com piso liso em vez de calçada. Esse passeio confortável irá acompanhar o peão até aos atravessamentos pedonais, que serão sobrelevados ou então rebaixados, e que terão guias tácteis. A ideia é garantir uma mobilidade pedonal universal e o designado “ressalto zero”, que consiste na eliminação de ressaltos nas transições entre os passeios e as passadeiras.

Com esta intervenção na avenida, vão ser introduzidas pequenas ilhas-refúgio no centro da rodovia para que as pessoas possam atravessar em duas fases, permitindo que tenham de olhar apenas para um lado em cada atravessamento, diminuindo a exposição ao tráfego motorizado e aumentando a segurança. Actualmente, o peão tem de percorrer 12 metros de uma vez só. A colocação dos refúgios a meio da rodovia vai permitir ao peão atravessar 3,5 metros e depois 6 metros no mesmo momento verde do semáforo. Por outro lado, as novas ilhas terão vegetação arbustiva, permitindo não só a absorção de ruído e de micro-partículas, mas também uma maior permeabilidade na zona.

A Avenida Rainha D. Amélia passará a ter duas passadeiras sobrelevadas para garantir a redução da velocidade dos veículos, principalmente no sentido descendente. Uma dessas passadeiras resultará da eliminação de dois atravessamentos considerados; os restantes três atravessamentos serão adaptados. A requalificação só irá abranger o “miolho” da avenida, devendo as intersecções com a Avenida Padre Cruz e a Alameda das Linhas de Torres serem tratadas noutro momento; o lado das Linhas de Torres é particularmente complicado de resolver, devido ao canal ciclável entretanto colocado.

A apresentação do projecto de requalificação da Avenida Rainha D. Amélia foi feita no passado mês de Abril, prevendo-se a aplicação de algumas medidas preliminares ainda neste quarto trimestre; o arranque das obras – que têm um custo estimado entre os 850 mil e um milhão de euros – só deverá arrancar no início de 2024. A intervenção é da responsabilidade da Direcção Municipal de Urbanismo (dmu@cm-lisboa.pt) e tem o apoio da Junta de Freguesia do Lumiar (info@jf-lumiar.pt).

LPP Fotografía
Gostaste deste artigo? Foi-te útil de alguma forma?

Considera fazer-nos um donativo pontual.

IBAN: PT50 0010 0000 5341 9550 0011 3

MB Way: 933 140 217 (indicar “LPP”)

Ou clica aqui.

Podes escrever-nos para mail@lisboaparapessoas.pt.

PUB

Únase a la comunidad LPP

El boletín es un lugar de encuentro para casi 3.000 personas.