Agora, junto à estação 550 da GIRA, no Campo Grande, encontras uma oficina self-service para fazeres a manutenção rápida da tua bicicleta.

Ferramentas que podes usar, de forma livre e gratuita, para reparares a tua bicicleta e uma bomba de ar para encher pneus. Agora, junto à estação 550 da GIRA, no Campo Grande, encontras uma oficina self-service para resolveres rapidamente aqueles problemas que surgem na tua bicicleta – ou mesmo numa bicicleta GIRA.
Esta oficina, fabricada pela empresa portuguesa Biciway e instalada naquele local pela EMEL, ajuda a solucionar problemas comuns como subir ou descer o selim, limpar a corrente, afinar os travões, alinhar a direcção e ajustar a pressão do ar dos pneus. Se para muitos utilizadores da bicicleta estas são ferramentas que já terão em casa ou mesmo transportar consigo, por vezes as situações mais inesperadas acontecem quando menos se espera.


A EMEL diz que esta oficina self-service – ou “posto de manutenção rápida” – complementa a infraestrutura ciclável da cidade, juntamente com o seu sistema de bicicletas partilhadas GIRA e a rede de estacionamentos seguros BiciParks. A instalação desta oficina surge pouco tempo depois de a Câmara de Lisboa, por seu lado, ter colocado dois “pousa-pés” em Entrecampos, de forma a permitir que quem por ali aguarde sinal verde possa apoiar o pé e a mão.
Esta nova oficina self-service no Campo Grande, perto do terminal rodoviário e da estação 550 da GIRA, resultou de um projecto europeu intitulado SmartHubs, no qual Lisboa participou juntamente com Setúbal, Amesterdão, Eindhoven, Helmond, Sant Cugat e Varsóvia. O SmartHubs tem como objectivo desenvolver e validar soluções-piloto que tornem actuais interfaces de transporte em pólos de mobilidade mais eficazes e economicamente viáveis.


Lisboa trabalhou, através da EMEL, num novo conceito de pólos de mobilidade para viagens de curta distância dentro da cidade de Lisboa, em torno das estações da rede GIRA, com os objectivos de promover a utilização desse serviço de mobilidade partilhada e de facilitar a multimodalidade numa interface de transportes. Ou seja, procurou-se perceber como é que uma estação GIRA poderia ser mais que uma estação de bicicletas partilhadas e reunir em seu redor outros serviços e equipamentos. Este pensamento foi trabalhado em conjunto com as pessoas, num pequeno processo de co-criação que juntou 274 participantes e que foi decorreu no final de 2021. Assim, durante um dia, as pessoas puderam passar pela estação 550 da GIRA, escolhida para a implementação do piloto, para desenhar com a EMEL o “polo de mobilidade do futuro”. Posteriormente foi avaliada, dentro das restrições e prazo do projecto europeu, a exequibilidade das diferentes ideias geradas nessa fase de co-criação.




A oficina agora instalada naquele local foi um dos outputs que saiu desse pequeno processo participativo, mas a EMEL espera, “com base no conhecimento gerado neste projecto, vir no futuro a testar outros serviços e soluções noutras localizações da cidade”.
Note-se que este tipo de oficinas self-service até são comuns nas nossas cidades. Em Lisboa, já existirão algumas – foram instaladas há vários anos junto a ciclovias numa parceria entre a Câmara e a Galp, mas acabaram por ser retiradas. Actualmente, existe um posto deste género no Largo do Intendente, também fabricado pela Biciway. Aqui ao lado, no município de Oeiras, também foram instaladas várias oficinas pela autarquia e pela Biciway em pontos estratégicos, nomeadamente junto às praias.